Embry era um garoto tímido e reservado, ao qual teve sua vida virada ao avesso quando se transformou em lobo. Criado apenas pela sua mãe; que pertencia a outra tribo, tinha como a maior dúvida da sua vida quem era seu pai biológico e, dentre Jacob...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Capítulo 3
por N.C Earnshaw
— VAI ME DIZER QUE AINDA está naquela de sofrer pelo idiota do Paul? — debochou Jane, pulando em sua cama.
Erin pensou em ignorá-la, irritada com a insistência de sua amiga em tocar nesse assunto. A satisfação de Jane em ver a mágoa brilhando em seus olhos não a surpreendia. Como sempre andavam juntas nas festas, tinham o mesmo círculo de amigos e também os mesmos interesses amorosos, a competição entre elas era inevitável. Certas vezes se interessavam pelos mesmos carinhas, e eles sempre preferiam a Landfish. E, mesmo que Erin tenha recusado cada um deles em nome da amizade, era um baita golpe na autoestima da Miller.
— Não estou sofrendo pelo Paul! Mas que droga! — irritou-se Erin, jogando a revista que tinha em mãos para longe. — Só estou frustrada por ter perdido uma foda boa.
Jane gargalhou, lembrando do dia em que Erin contou sobre a sua noite quente com Paul, e deu dois tapinhas amigáveis na mão dela. Era compreensível aquela frustração quando ela tinha perdido um deus do sexo. Orgasmos múltiplos não eram para qualquer um.
— Nunca vou te perdoar por não me deixar provar aquele pedaço de mau-caminho — alfinetou, rancorosa. — A única coisa que me consola é que nenhuma das duas ficou com ele. Seria totalmente desleal para a nossa amizade, sabe!?
A expressão de Erin se transformou em uma de choque.
— Vadia! — Ela pegou seu único travesseiro e bateu ele com força no rosto da Miller, soltando uma risada estrangulada tamanha era a descrença que experimentava. Sua amiga conseguiu superar todos os limites! — Como você consegue ser tão cara de pau, biscoitinho? — debochou Erin, sabendo que a amiga odiava quando ela usava o apelido que o pai dela a chamava.
A quileute grunhiu quando foi atingida no rosto e caiu para trás dramaticamente, choramingando de dor.
— Biscoitinho é o cara-... — Jane arrancou o travesseiro do rosto da outra, e revirou os olhos assim que deu de cara com Erin gargalhando em silêncio. — Você é ridícula!
A garota fez um biquinho e voltou a se sentar.
— Não fica brava comigo, biscoitinho!
A Miller, apesar de irritada, não conseguiu segurar o sorriso. Amava adorar e odiar Erin Landfish.
Pegando-a de surpresa, pulou em cima dela e a derrubou de volta na cama. Ela encarou o rosto perfeito da outra por alguns segundos, sentindo a inveja tão conhecida, apertar seu coração. As maçãs do rosto proeminentes, os olhos escuros e levemente puxados — que quase desapareciam quando Erin começava a rir, os lábios cheios e vermelhos... Jane se perguntou se algum dia conseguiria ter metade da beleza que ela tinha.