Grávida!?

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Capítulo 1

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Capítulo 1

por N.C Earnshaw


    O SOL TOCANDO SUA PELE fazia falta, pensou Erin fitando o céu pela janela da lanchonete que ela trabalhava. Como morava em La Push; uma reserva indígena na cidade de Forks, não tinha muitos dias ensolarados. Para sua infelicidade, seus antepassados resolveram viver nas terras mais chuvosas do país, e não tinha nada que ela poderia fazer sobre isso. Então, nos dias em que o sol despontava, — mais ou menos duas vezes no ano, ela aproveitava cada segundo para renovar o seu bronzeado e papear com suas amigas tomando caipirinhas.

    — Erin, o senhor Waltz da mesa cinco está te chamando — disse Andy, uma "amiga" garçonete que trabalhava com ela.

    A Landfish soltou um muxoxo, lançou um último olhar para o céu, imaginando-se na praia absorvendo vitamina D por cada poro do seu corpo, e arrumou seu avental, pronta para atender o segundo maior babaca que ela já tinha tido o desprazer de colocar os olhos; seu padrasto sendo o primeiro.

    — Seja simpática — lembrou Andy, encarando-a com preocupação. — O chefe não está muito feliz com você.

    Erin bufou e arrumou seu rabo de cavalo, observando de canto de olho a situação deplorável de Waltz. Ele mal conseguia sentar-se ereto na cadeira.

    — Carl que vá para o inferno! — A outra mulher tentou silenciá-la, mas Erin nunca foi conhecida por se conter. — Se aquele bêbado nojento tocar em mim de novo, quebro a cara dele!

    Ela deixou Andy para trás, sem querer ouvir mais um dos seus discursos sobre comportamento. Desde que ela tinha iniciado um caso com o dono do local, tinha começado a repreendê-la a torto e a direita. Como se ela fosse de alguma forma, superior. Todo mundo sabia que ela era a outra. Carl era muito bem casado com Tasha. Uma mulher simpática que não merecia ser traída. Eles também tinham não apenas um, mas quatro filhos. Assim como um cachorro, uma casa de cerca branca e uma vida perfeita. Vida esta, que Andy queria para si.

    Erin se segurou para não se virar e destilar seu veneno para sua companheira de trabalho. Se deixasse escapar, seria demitida com toda certeza. E, infelizmente, um emprego medíocre era melhor que emprego nenhum. Então engoliu o que tinha a dizer, e foi em direção a Waltz com um sorriso falso grudado em seu rosto.

    — Bom dia, senhor Waltz! — Fingir alegria com uma pessoa que ela odiava e sentia nojo, era horrível. Ela tinha que tirar forças onde não tinha, e lembrar, a todos os momentos, que precisava do dinheiro; seu padrasto já queria colocá-la para fora de casa com ela ajudando nas contas. Se, por acaso, fosse demitida, ele a chutaria de lá sem pensar duas vezes. — O que deseja?

    O homem lambeu os lábios e a fitou da cabeça aos pés. Um arrepio de repulsa tomou conta do corpo de Erin, e ela quis socar a cara esquelética do desgraçado. "Pensa no apartamento que você vai conseguir comprar com essa grana daqui a dois anos, Erin! Pensa na liberdade", recordou a si mesma.

Entre Lobos e Monstros - Embry Call (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora