Embry era um garoto tímido e reservado, ao qual teve sua vida virada ao avesso quando se transformou em lobo. Criado apenas pela sua mãe; que pertencia a outra tribo, tinha como a maior dúvida da sua vida quem era seu pai biológico e, dentre Jacob...
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Capítulo 23
por N.C Earnshaw
SUA MENTE, vez ou outra, gostava de pregar peças. Erin se negava a acreditar que, quatro noites atrás, Embry a tinha colocado na cama e eles haviam dormido agarrados durante horas. Ela, inclusive, alegava para si mesma que o cheiro característico que havia sentido pela manhã era antigo — ainda que ele estivesse grudado em toda a sua pele e em suas roupas. Durante à noite, tinha tido um ataque de sonambulismo e comido metade do bolo que havia deixado sobre a mesa, colocando o que sobrara dentro da geladeira.
Ela se recusava a ver os sinais que Embry tinha deixado sobre a sua presença em casa. Porque, se admitisse para si mesma que ele tinha voltado depois de dias e sequer se dado o trabalho de acordá-la para ao menos dar um oi, Erin desabaria.
A Landfish pedia a todos os ancestrais para os motivos de Embry desaparecer por dias serem bons. Seu coração não aguentaria mais uma decepção, principalmente porque estava completamente apaixonada pelo garoto de sorriso inocente.
Ela havia esquecido como era dormir bem. Suas olheiras estavam roxas e profundas, e seu corpo parecia que iria desabar a qualquer instante devido ao cansaço. As horas de trabalho eram como uma tortura que não tinha fim. E ficar de pé enquanto encontrava-se tão exausta, tendo que atender clientes mal-educados, fazia com que Erin quisesse gritar.
No terceiro dia sem Embry, ela estourou. Não suportava mais os olhares e as indiretas de Andy, assim como estava sem qualquer paciência para ser repreendida por Carl porque a segunda dama "não gostava de como ela limpava as mesas".
— Quer saber uma coisa, Andy? Vai. Se. Ferrar! Eu estou cansada das suas merdas. Se sabe limpar tão bem a porra das mesas... — A Landfish jogou o pano que estava na mão no rosto da outra mulher. — Então limpe você mesma!
O semblante enraivecido de Andy não arrancou qualquer reação temerosa de sua parte. Não se importava mais se fosse demitida. Estava exausta daquele emprego e não suportava mais olhar na cara daquelas pessoas.
— Como você se atreve, garota? — rosnou a garçonete, aproximando-se em passos largos em sua direção com o rosto vermelho de raiva. — Por acaso perdeu o juízo?
Erin se controlou para não partir para a agressão. Suas mãos formigavam com vontade de socar a cara daquela vadia até que virasse uma gosma nojenta sujando o chão imundo da lanchonete, mas se conteve quando viu uma figura bastante conhecida surgindo por trás de Andy.
— Olha aqui, queridinha. — Andy tinha o dedo em riste bem próximo ao nariz da quileute, fazendo com que ela tivesse que esconder o sorrisinho que queria escapar dos seus lábios. — Se não quiser ser demitida, acho melhor pegar a merda desse pano e limpar essas mesas até que elas fiquem brilhando.