Capítulo 26
por N.C Earnshaw
— PODE PARAR de dar um de stalker e entrar logo na droga dessa lanchonete? — disse Quil, exausto de esperar Embry assistir seu imprinting atender algumas mesas por mais minutos que a sanidade do lobo conseguia suportar. — Cara, eu tô cheio de fome! Se quiser continuar aqui fora observando a Erin feito um psicopata, vai nessa! Porque eu vou entrar nesse lugar e comer alguns hambúrgueres, e não tem nada que você diga...
O Call colocou a mão sobre a boca do melhor amigo, não aguentando mais a ladainha. Sabia que era estranho estar quase com a cara colada em uma das janelas, e tinha certeza que a idosa que estava sentada na mesma mais próxima ligaria para a polícia muito em breve. No entanto, assistir o quanto Erin era habilidosa se tornou algo tão prazeroso que ele se pegou parado ali por mais tempo que o recomendado.
Ela era gentil com as pessoas e sempre arrancava sorrisos nas mesas em que passava. Seus passos eram leves e estáveis, não deixando qualquer chance de tropeços ou esbarrões mesmo quando algum cliente levantava de supetão ou deixava um talher cair da mesa.
O rabo de cavalo permitia que ele visse mais do seu rosto, e Erin era tão linda que havia tirado o seu fôlego. Os olhos levemente puxados, os cabelos longos e lisos, sua estatura pequena, porém altiva... Ela era a mulher dos seus sonhos, e ele era um sortudo por tê-la na vida real.
O tapa que Quil deu em sua mão o fez gemer de dor e tirar sua atenção da garota que estava no outro lado do vidro.
— Argh! Ficou maluco de tocar essa coisa na minha boca? Sua mão tem cheiro de merda de vaca e...
Embry resolveu ignorar o Ateara, e entrou na lanchonete sem esperar que o amigo o seguisse. Sabia que se permitisse que Quil começasse com um dos seus discursos, não terminaria nunca.
— Ótimo melhor amigo você é, Embry Call — rosnou o garoto, sentando-se em frente a Embry na mesa e puxando o cardápio para cobrir o rosto com o intuito de não ter que olhar para o outro. — Talvez eu devesse mudar de melhor amigo e ir atrás do Jake na casa dos Cullens. Fraternizar com sanguessugas deve ser melhor do que ser tratado com tanto desprezo pelo cara que deveria ser meu parceiro.
Embry revirou os olhos e riu baixinho, pois não era a primeira vez que ouvia aquilo.
— Não. Vou fazer muito melhor...
— Ah, vai sim — cortou o Call, tomando o cardápio das mãos de Quil e colocando sobre a mesa. — Você vai calar essa boca gorda e tentar agir como uma pessoa decente. Estamos no trabalho da Erin e não quero constrangê-la.
Quil fitou o amigo com descrença.
— Não sei se esqueceu, mas da última vez que viemos aqui quase fomos expulsos a pontapés porque estávamos sem camisa.
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Entre Lobos e Monstros - Embry Call (2)
FanfictionEmbry era um garoto tímido e reservado, ao qual teve sua vida virada ao avesso quando se transformou em lobo. Criado apenas pela sua mãe; que pertencia a outra tribo, tinha como a maior dúvida da sua vida quem era seu pai biológico e, dentre Jacob...