Coração partido

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ALERTA! O CAPÍTULO CONTÉM GATILHO

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ALERTA! O CAPÍTULO CONTÉM GATILHO.



Capítulo 11

por N.C Earnshaw


    BATIDAS FORTES fizeram-na pular da cama com o coração acelerado de medo. Ela agarrou o cobertor contra o peito, ainda sentindo seu corpo tremer pelo susto. Tentou se acalmar respirando profundamente, no entanto, o barulho ainda continuava, e sua porta estremecia com a força que era aplicada contra ela.

    Com os olhos arregalados, Erin encarou o despertador na mesinha de cabeceira que ficava ao lado de sua cama. Quando conseguiu ver através da névoa de sono que ainda não eram nem sete da manhã, xingou baixinho. Era seu dia de folga, não precisava acordar cedo.

    Ela jogou o cobertor para o lado, tentando ignorar a pessoa do outro lado da porta. Sabia bem quem era o infeliz que queria atormentar seu dia de descanso.

    A Landfish pensou em deixar a porta trancada, mas sabia que se não abrisse, Carter acabaria cumprindo a sua promessa de derrubar o pedaço de madeira, caso ela o ignorasse novamente. Mesmo sentindo cada célula do seu corpo gritar para que não fizesse, ela enrolou seu corpo no lençol para cobrir o pijama revelador que estava vestindo. Era uma das suas roupas de dormir antigas, de quando ainda era uma adolescente magrela, e apenas tinha colocado-a na noite anterior por não ter tido tempo de lavar suas próprias roupas.

    Com o corpo completamente tapado pelo tecido, sentiu-se segura o bastante para enfrentar seu demônio pessoal.

    — Está surda que não me ouviu batendo, garota inútil? — rosnou Carter assim que ela abriu uma brecha da porta para enfiar sua cabeça. — E por que está se escondendo aí atrás? — Ele tentou empurrar a madeira com o punho, mas Erin segurou com o corpo. — Tanto faz. Quero que desça e faça meu almoço. Sua mãe acordou se sentindo mal, então se faça agradecida pelo menos uma vez em sua vida e cumpra as tarefas dela do dia.

    Normalmente, a Landfish refutaria e mandaria ele para o inferno. No entanto, um brilho estranho passou nos olhos daquele homem, fazendo com que seu subconsciente a alertasse de que não seria uma boa ideia brigar com ele.

    Ela concordou, engolindo todo o seu orgulho. Quando fechou a porta e a trancou de chave, pôde finalmente respirar. A cada ano que passava, ficava cada vez mais difícil conviver com Carter. Erin vivia um inferno constante por não poder se sentir confortável na própria casa. E, apesar de ele nunca a ter tocado de maneira indevida, ela percebia que desde a época após a sua puberdade, ele a encarava de uma maneira diferente.

    A quileute vestiu um conjunto de roupas velhas e folgadas. Uma calça de moletom comprida e uma camiseta masculina de banda — que ela pegou de um ficante antigo para dormir.

Entre Lobos e Monstros - Embry Call (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora