Embry era um garoto tímido e reservado, ao qual teve sua vida virada ao avesso quando se transformou em lobo. Criado apenas pela sua mãe; que pertencia a outra tribo, tinha como a maior dúvida da sua vida quem era seu pai biológico e, dentre Jacob...
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Capítulo 32
por N.C Earnshaw
O NERVOSISMO DE ESTAR de volta àquele lugar fazia com que o corpo de Erin tremesse quase como se estivesse tendo espasmos. Ela se perguntou diversas vezes enquanto encarava a porta do lugar que um dia foi sua casa, se estava tomando a decisão certa ao ir até ali sem conversar com Embry antes. Em nenhuma delas, no entanto, chegou à conclusão que estivesse fazendo algo de errado. Apesar de ter decidido dividir uma vida com o Call, não precisava avisar de cada passo que fosse dar — principalmente quando era algo relacionado ao único membro sanguíneo que restava de sua família.
— Acha que ele vai ficar bravo? — inquiriu, virando-se para encarar a pessoa sentada no banco do motorista. — Quero dizer... Prometi a ele que ficaria quieta na sua casa enquanto ele ia fazer a ronda, e olha só onde estou me metendo. Estou aqui, indo atrás de mais uma decepção, porque, aparentemente, as que já tenho não são o suficiente.
— Imagina o Embry ficando com raiva de algo assim?
Wendy, que desde o instante em que a Landfish tinha pedido para que a levasse até a antiga casa onde morava com sua mãe, havia ficado em silêncio, pronunciou-se finalmente com uma expressão incrédula. Não conseguia criar em sua mente uma situação em que algo que Erin fizesse deixasse o garoto Call irritado. Tendo ele uma personalidade tão doce e maleável, era uma daquelas coisas que a Cullen só acreditaria vendo.
— O Paul vai ser o suficiente pelos dois, não se preocupe — brincou ao ver que a humana concordava que seu companheiro nunca ficaria com raiva por ela estar preocupada com sua própria mãe. — Por que está usando o Embry como desculpa para não entrar aí?
Erin cruzou os braços e desviou o olhar da vampira, visto que o que ela tinha dito era exatamente o que estava fazendo.
Não tinha sido fácil sentir-se segura após ser quase morta por Carter. Dias ao lado de Embry e com o corpo colado ao dele fizeram a maior parte do serviço, entretanto, as lembranças ainda eram como cobras peçonhentas. Quando menos ela esperava, atacavam-na com memórias que precisava esquecer.
Também havia o fato de que a última vez que vira sua mãe, tinha sido no pior dia de sua vida, e a quileute não sabia se conseguiria passar por cima da mágoa de ter sido expulsa de casa e trocada pela pessoa que mais amava. Apesar de Carter estar morto, Erin recordava com uma clareza quase insana de cada detalhe do que acontecera na sala de estar a alguns metros de onde o carro estava estacionado, e estar de volta até a casa onde prometeu que nunca mais voltaria, fazia com que a garota sentisse seus nervos se contraírem.
— Ela está em casa?
Erin nem disfarçou que não estava interessada em abrir seu coração para Wendy. Embora soubesse que a vampira era alguém confiável que a ouviria sem julgá-la, não se sentia preparada. Não quando estava a um passo de encontrar sua mãe após semanas separadas. Não quando a tinha deixado sozinha; grávida, para lidar com o fato de que seu marido havia morrido.