Sorria e acene

5.3K 632 269
                                    

Capítulo 19

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




Capítulo 19

por N.C Earnshaw


    ERIN APRESSOU EMBRY para que ele saísse de uma vez, antes que sua mãe tirasse sua atenção da cozinha e o visse querendo fugir de casa. Ela não compreendeu muito bem o que ele quis dizer com as promessas que tinha feito para Tyffany, mas alguma coisa dentro dela a dizia que tinha algo a ver com sua estadia ali.

    Após observar o quileute sumindo entre as árvores, a Landfish voltou para a mesa em passos lentos, pensando na desculpa que falaria para mãe de Embry quando ela percebesse a ausência do filho.

    — Embry tem razão — pronunciou-se Erin ao comer da torta. — Isso aqui é uma delícia.

    — Sei que ele saiu, querida. Não precisa tentar me distrair. — Tiffany possuía uma expressão cansada no rosto e encarava um ponto na mesa fixamente. Ela não conseguia compreender o que tinha acontecido com o seu menino nos últimos anos. Ele era um garoto obediente, raramente faltava às aulas e nunca se metia em problemas. De repente, a escola começou a ligar avisando de suas faltas e de suas notas baixas, ele não respeitava mais suas ordens e passava a madrugada fora de casa. — Ele te disse para onde ia?

    Erin balançou a cabeça, negando. Não conseguiu encontrar sua própria língua para tentar acalmar a mulher.

    — A culpa é minha — desabafou Tiffany, parecendo tentar controlar o choro. A garota arregalou os olhos levemente, mas colocou sua mão sobre a dela, que estava pousada em cima da mesa, tentando lhe enviar forças. Queria apoiá-la de alguma forma. — Passo tempo demais trabalhando e deixei a criação do Embry um pouco de lado. Confiei numa criança para se virar sozinha porque precisava colocar comida sobre a mesa.

    A Call mordeu o lábio inferior. As lágrimas já escorriam pelo seu rosto, e a Landfish não tinha ideia do que dizer para consolá-la.

    — Eu fui uma péssima mãe, Erin. E o meu bebê agora está se envolvendo em coisas que me deixam enjoada apenas de pensar. — Tyffany levantou a cabeça, pegando um leve vislumbre da poltrona da sala. O brilho que passou pelos seus olhos foi tão sombrio, que o corpo de Erin se arrepiou por inteiro. — Talvez, se eu tivesse escolhido um pai decente para ele ao invés de um vagabundo infeliz, eu não precisasse passar mais tempo no trabalho do que em casa. — A mulher cerrou os punhos. — Fui uma jovem tão estúpida. Acabei me levando por palavras bonitas e presentes bobos.

    A mente de Erin a lembrou da caixinha de madeira que havia encontrado com aquelas iniciais. D.L era o pai de Embry, e a Landfish sentiu a curiosidade tomando conta de si.

    — Maldita hora a que eu decidi morar nesse lugar.

    — Embry não sabe quem é o pai — afirmou Erin delicadamente, observando como a postura de Tyffany se transformou. Parecia que a mulher tinha se dado conta que havia falado mais do que devia. Aparentemente, os boatos que ela tinha engravidado de alguém da reserva quileute, eram verdade. — A senhora nunca pensou em contar para ele?

Entre Lobos e Monstros - Embry Call (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora