Nadar pelado

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Capítulo 33

por N.C Earnshaw 


    TUDO O QUE EMBRY conseguia enxergar era vermelho. Um vermelho escarlate, quente, que mexia com seus sentimentos mais profundos e o atraía como um mosquito era enfeitiçado pela luz. Um vermelho da cor do batom que Erin usava naquela noite, do mesmo tom do vestido colado que grudava em cada curva do corpo pequeno e curvilíneo.

    Ele havia pensado que seu imprinting já o tinha feito experimentar todas as emoções possíveis, no entanto, o quileute foi pego de surpresa pela onda de puro excitamento que o tomou assim que avistou a figura de Erin saindo do quarto minutos antes. A única coisa que ele queria era agarrá-la e não soltá-la nunca mais. Saborear o gosto da sua pele e dos seus lábios por horas a fio, e estar dentro dela, sentir o seu calor...

    — Embry! — chamou Erin pelo que parecia ser a décima vez. Ambos estavam dentro do carro, prontos para viajarem até Port Angeles, e tudo o que o quileute conseguia fazer era encará-la com um olhar apaixonado. Nos primeiros vinte minutos, a Landfish achou a coisa mais fofa e engraçada do mundo, entretanto, após chamá-lo várias vezes e ver que encontravam-se quase atrasados para o jantar na casa nova de Tyffany, a garota sentiu uma leve irritação.

    — E-eu... — O lobo se viu sem palavras ao levantar o olhar, que antes estava focado nas coxas roliças mal cobertas pelo tecido, e dar de cara com uma Erin mal-humorada. — Desculpe, eu... só estava... Quero dizer...

    Ela sorriu, sem conseguir resistir ao charme atrapalhado do seu namorado. Fazia algum tempo desde a última vez que ele tinha se embaralhado com as palavras na sua frente.

    — Quer que eu dirija? — ofereceu ao ver que as mãos grandes de Embry tremiam.

    Ele lançou-lhe um olhar desconcertado, mas assentiu depois de alguns segundos. Era difícil para seu ego masculino aceitar que não conseguia fazer uma coisa, mas não podia arriscar a vida do seu imprinting quando mal conseguia manter seus olhos na direção correta.

    Erin soltou o cinto de segurança que usava e se inclinou na direção do banco, tirando os sapatos de salto alto que ela usava antes de apoiar ambas as mãos em uma das coxas de Embry.

    O quileute soltou um guincho muito parecido com o de um rato, arrancando uma gargalhada da Landfish, que tinha feito aquilo para provocá-lo. Ela arqueou uma sobrancelha ao avistar o volume se formando nas calças de Embry, e aproximou seus lábios lentamente dos dele.

    — Você vai ter que sair pela porta pra eu poder sentar aí — sussurrou com a voz rouca.

    O cérebro de Embry interpretou aquilo como a pior sacanagem que já tinha ouvido em sua vida, e ele agarrou-se apenas ao último trecho da frase, "sentar aí". Com os lábios entreabertos, ele somente a olhou.

Entre Lobos e Monstros - Embry Call (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora