Entre um lobo e um monstro

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Capítulo 29

por N.C Earnshaw


    — Fadas não existem.

    Aquela foi a primeira coisa que Tyffany ouviu assim que abriu a porta de casa e deu de cara com o casal deitado no sofá com olhos vidrados na TV pequena. Ela levou alguns instantes para entender qual parte do corpo pertencia a qual pessoa, tamanha era a proximidade entre eles, e se sentiu desconsolada ao se dar conta que, apesar de sua presença ter sido notada; uma vez que Erin acenou para ela, seu filho sequer tinha lhe direcionado o olhar.

    — Você não pode ter certeza disso, Embry — reclamou a garota, tirando a mão que ele tinha sobre sua coxa achando que a Call não tinha percebido.

    A segunda parte foi falada baixo demais para que Tyffany pudesse ouvir, e a mulher arqueou uma sobrancelha, tentada a perguntar o que arrancou aquele sorriso do seu garoto.

    Ela resolveu deixar a bolsa em cima da bancada da cozinha e decidiu checar os armários sem se pronunciar. Na última vez que esteve ali, havia comprado comida apenas para durar alguns dias, e conhecendo Embry como conhecia, sabia que mesmo assim não tinha sido o suficiente. Para sua surpresa, o armário estava repleto de coisas, nas quais ela apostava terem sido compradas por Erin.

    — Eu preciso ir trabalhar.

    A mulher assistiu a cena que se desenrolava no sofá de canto de olho, agradecida por Erin precisar sair de casa. Apesar de adorar a garota, sabia que apenas assim conseguiria conversar com Embry a sós sobre a mudança, visto que ainda tinha esperança que ele aceitasse ir morar com ela e Aaron em Port Angeles. A pressão da presença da Landfish ouvindo tudo não permitiria que ele pensasse com sensatez. Sabia como a cabeça de um apaixonado funcionava, e observando a forma com que o garoto agia, ele estava totalmente entregue à Erin.

    Os lábios de Embry formaram quase um bico ao ouvir aquilo, e ele agarrou o corpo da quileute contra o seu para não deixá-la sair dali. Pensar em ficar longe do seu imprinting, por mais que fosse somente durante algumas horas, deixava-o com o coração apertado.

    — Não pode pedir um dia de folga? — reclamou o lobo, beijando o pescoço de pele macia.

    Erin se sentiu tentada a ligar para Carl e dizer que estava "doente". A ideia de passar o resto do dia agarrada a Embry era tentadora, mas ela conseguiu se conter ao se afastar rapidamente de perto dele, saindo do sofá num pulo e correndo na direção do corredor.

    Ao ver que ele tentava alcançá-la, fechou a porta do quarto na cara dele, e soltou uma gargalhada alta ao avistar o semblante decepcionado. Por mais que adorasse estar com o seu lobo, não podia perder aquele emprego.

Entre Lobos e Monstros - Embry Call (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora