Embry era um garoto tímido e reservado, ao qual teve sua vida virada ao avesso quando se transformou em lobo. Criado apenas pela sua mãe; que pertencia a outra tribo, tinha como a maior dúvida da sua vida quem era seu pai biológico e, dentre Jacob...
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Capítulo 5
por N.C Earnshaw
FICAR DE RESSACA era algo que ela já deveria estar acostumada. Era comum para Erin ir trabalhar após uma noitada de muita bebida e sexo — mesmo que a noite passada, para sua tristeza, tivesse sido regada de bebida barata e uma briga desnecessária com a sua melhor amiga.
Ela podia aguentar o estômago revirado, a dor de cabeça infernal e o arrependimento de ter bebido. No entanto, naquele dia, cada passo que ela dava parecia pesar toneladas. Erin mal conseguiu levantar sem gemer de agonia, desejando imensamente aproveitar sua cama e dormir o dia inteiro.
Sua mãe bateu em sua porta pela quinta vez nos últimos dez minutos, lembrando-a que se ela se atrasasse novamente, iria ser demitida. A Landfish bufou, ignorando seu chamado. Já estava se arrumando e não era criança para precisar ser avisada de suas responsabilidades.
Carl tinha dado mais ultimatos que o normal nos últimos dias, e ela apostava que tinha sido Andy a fazer sua caveira para o chefe. Aparentemente, ela não gostava de falar sobre sua vida sexual tão abertamente. Sempre que ambas tinham o mesmo turno, a outra garçonete a encarava com nojo, e evitava dirigir a palavra a ela até que fosse estritamente necessário. Erin não se importava. Era até melhor, na verdade, uma vez que odiava as bobagens que a mulher mais velha conversava.
A quileute vestiu o uniforme lentamente, agradecendo o seu eu do passado por ter tomado banho antes de se deitar algumas horas antes, arrumou sua bolsa com alguns itens necessários e abriu a porta no momento em que batiam de novo.
Ela sentiu vontade de vomitar o que estava na sua barriga assim que deu de cara com Carter, seu padrasto maldito que adorava infernizar sua vida.
A aparência dele não era horripilante. Ele era alto, tinha tudo nos seus devidos lugares e o rosto não era de se jogar fora. Erin lembrava de quando era apenas uma menininha e se gabava na escola por ter um "pai" bonito. Pouco tempo antes de descobrir que o homem era podre por dentro e nunca seria um pai de verdade para ela.
— O que você quer? — indagou Erin, segurando a porta para bater na cara dele no instante que ele a provocasse. Sabia que não era um bom sinal quando Carter vinha com aquela expressão de bom samaritano.
Ele suspirou dramaticamente, apoiando o braço na parede.
— Você tem que aprender a me respeitar, garota. Deveria se sentir grata por eu proporcionar um teto sobre sua cabeça e comida no seu estômago.
A garota mordeu a bochecha com força, a ponto de sentir o gosto do seu próprio sangue. Ele não proporcionava porra nenhuma! O teto sobre suas cabeças foi herdado pela sua mãe quando seus avós faleceram, e ela se lembrava de todo mês dar uma quantia gorda do seu salário para ajudar nas compras.