Capítulo 15 - História Dolorosa

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Depois dos aborrecimentos com os pais de Pay e as lágrimas provocadas pelo brinde comovente puxado por Phoom o jantar tomou outra atmosfera, mais animada. Boss e os mais novos eram bastante falantes para o deleite dos quatro nadadores e desgosto do quarteto de Nongs em que os rapazes do clube estavam interessados.

Eles terminaram o jantar e voltaram para a sala de estar para saborearem um pouco de café, chá e alguns doces. Os mais velhos se juntaram aos mais novos com grande carinho e admiração, estavam encantados com aquele grupo de crianças tão fortes e sofridas, queriam lhes dar um pouco de afeto paternal. Desarrumaram a sala juntando os sofás de forma que todos se acomodassem e participassem da conversa.

-O quê vocês fazem além de estudar e salvar vidas?- Del perguntou curiosa.

- Eu sou fotógrafo profissional, trabalho com publicidade... - Boss começou a falar, já com um sorriso malicioso para seus amigos. - E, vocês estão olhando para meus modelos exclusivos nas horas vagas.

- Jura! - Os nadadores exclamaram juntos provocando o riso de todos exceto quatro criaturas que fuzilavam Boss com o olhar.

- Sim! (Riso) Podem conferir no meu site de trabalho. - Ele passa o endereço do site enquanto se esquivava de um tapa de Manaow.

Em minutos os novos amigos já tinham sacado seus celulares e vasculhavam o site admirando o trabalho e os modelos, exclamando vários elogios deixando-os vermelhos de vergonha.

*AS FOTOS

*AS FOTOS

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- Nossa suas fotos são lindas

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- Nossa suas fotos são lindas. - Elogiou Pay fazendo Boss provar do próprio remédio, pois ficou tão vermelho quanto os outros.

- Obrigado! - Ele sorriu para a menina. - Estou treinando o N'Ae e N'Phoom para fotografarem também. Depois que sai da casa do meu tio descobri que meus pais tinham feito um investimento para o meu futuro... - Sua voz embargou a lembrar dos pais.- Então com esse dinheiro e a ajuda dos meus novos irmãos eu investi na empresa de publicidade, ainda é bem pequena mais já temos alguns contratos bons.

- Na verdade nós fazemos um pouco de tudo, para ajudar a manter a casa. - Team falou um pouco orgulho do seu grupo.

- Oh ... Onde vocês moram não é uma intuição? Desculpe mas achei...- A mãe de Del perguntou confusa, já que eram órfãos ela pensou que estavam em alguma instituição financiada pelo governo ou alguma entidade beneficente já que Tul e Max são seus tutores.

- Um orfanato? - Can perguntou e a senhora acenou afirmativo, sem graça pela indiscrição. - Não, P'Tul e P'Max deram essa casa para morarmos em segurança e sairmos das ruas.

- Essa casa eu herdei dos meus pais, mas como Max tem um apartamento grande que dá muito bem para nós dois a casa ficava fechada, então fizemos a proposta e felizmente eles aceitaram se mudar de uma casa abandonada para lá. - Tul explicou. - Mas só aceitaram com a condição de poderem dividir as despesas conosco. - Tul se lamentou, ele e seu companheiro não teriam problema nenhum em mantê-los e mima-los como desejavam fazer.

- Mas isso é bom! - O pai de Del concluiu mais surpreso. - Significa que são responsáveis e apesar das adversidades procuram sempre boas soluções e, não se acomodam.

- Vivemos explicando isso aos Phi's, sempre nos viramos sozinhos, no início éramos apenas nós quatro quando fugimos do orfanato... - Manaow apontou para seus amigos/irmãos de infância que estavam ao seu lado no sofá.

-Vocês fugiram do orfanato? - Kao ficou meio chocado e a pergunta saiu antes de ele pensar no que falava.

- Sim... Nós quatro crescemos em um orfanato, era um bom lar, até que trocaram a direção, que mandou todos os bons funcionários embora. - Intoch se lembrou dos acontecimentos.

- E, porque a nova direção fez isso? - Pruk questionou .

- Porque para o esquema deles funcionar não podiam ter pessoas que se importavam com as crianças. - Manaow disse com um sorriso triste.

- Esquema? - Win já podia sentir que não era uma boa história, mas a curiosidade foi maior.

Essa história afetava particularmente Pharm, e ele aproveitou que todos estavam com a atenção voltada para os relatos e saiu silenciosamente pela porta de vidro que dava no jardim. Dean que observava todos os movimentos do pequeno ruivo o seguiu logo em seguida.

- A nova direção fingia que mandava as crianças para tentar se adaptar nas casas como processo de possibilidade de adoção, mas na verdade eles estavam deixando as crianças serem abusadas, o orfanato se tornou uma fachada para um grupo de prostituição infantil. - Team relatou com um olhar de ódio.- Nós conseguimos provas e denunciamos.

- E acabaram com o esquema? - Pay indagou.

- Sim... mas resolveram fechar aquele orfanato e distribuir as crianças para outros que tinham vaga, eu e Pharm íamos para um, Manaow ia para um só feminino e Team ia ser enviado para um juvenil.- Intoch explicou.

- Por isso resolvemos fugir, já tínhamos perdido muita coisa na vida e não queríamos nos separar. - Manaow falou com carinho e gratidão pelos irmãos que ganhou na vida.

-Nossa vocês já passaram por tantas coisas. -A dona da casa tinha um olhar doce para aquelas crianças.

- Sim, mas isso nos deixou mais fortes e aprendemos a cuidar de nós mesmos, então trabalharemos para continuar assim. -Team sorriu espantando as tristezas que aquelas lembranças traziam.

- Algum de vocês é bom em programação? - Perguntou o pai de Dean ele queria de alguma forma ajudar mais aquele grupo. - Estamos em busca de estagiários nessa área, meio período e pagamos bem .- Ele era CEO de uma grande multinacional de software.

- Don. - dez vozes ecoaram na sala, fazendo todos rirem.

-Então Don, depois você me passa seus dados e na segunda você já inicia.

O grupo festejou a conquista de Don e Del ficou particularmente encantada com o gesto do seu pai.

Anjos da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora