Se tiverem dificuldade de lembrar o antecedente desse capítulo dêem uma relida no - Cap. 29- A História de Lawan.
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Como prometido, por Pharm, a casa logo estava borbulhando com alegres risadas, um aroma gostoso de boa comida e delicado toque de , os fins de tarde e noite eram quase sempre movimentados naquele lar. Samy amou cada um novo integrante de sua família, pois para ela seus quatro protetores sempre seriam sua família, era como se ela jamais tivesse estado longe deles. E, em contra partida a menina foi igualmente acolhida pelos demais, principalmente os menores que estavam cheios de curiosidade para saber como seus Phis eram quando criança, em uma versão mais sem censura, pois Mãe Sida sempre limitava suas histórias sobre a infância no orfanato quer seja por desconhecimento de todos os detalhes ou por serem memórias muito tristes que só competia aos seus pequenos compartilhar.
Samy estava sentada no meio da sala de estar com Mali, Phoom, Kanda e Ae em volta dela e, os demais espalhados pela sala, mas com toda a atenção voltada para a menina que narrava as peraltices de quando eram crianças, ela escolheu histórias engraçadas e um pouco embaraçosa para eles, para saciar a curiosidade de seus novos irmãos e irmãs. Manaow e Pharm eram os mais atingidos e, ficavam tentando redesenhar as histórias, contando suas versões, enquanto Team e Intoch apenas riam sem ligar muito para o que ela contava. Win estava feliz não só por saber mais do seu Nong, mas também, por poder conhecer um outro lado da prima e, se aproximar mais dela. Antes daquela reviravolta toda, Win só via o lado sempre sério, responsável e “chato” de Samy o que era o completo oposto dele causando distanciamento entre os primos que nunca se deram bem.
A conversa seguia animada quando o telefone de Kao tocou, ele se desculpou e foi para fora para atender quando identificou a ligação do hospital. Intoch viu o semblante do mais velho assumir um olhar preocupado, então o seguiu para saber o que acontecia. Do lado de fora um Kao agitado ouvia atentamente o que lhe diziam, fez algumas perguntas para seu interlocutor que possibilitou o menor compreender que era algo relacionado a primeira do rapaz a sua frente. O Nong aguardou pacientemente até seu Phi encerrar sua ligação e, quando o fez o sênior olhou para ele com um sorriso e os olhos marejados, deixando o pequeno um pouco confuso. Kao sem dizer uma palavra abraçou sem Nong com força e beijou a testa do menino com carinho.
- Era do hospital... – Kao começou a contar enquanto suas lágrimas rolavam. – P’Lawan está dando sinais de que vai acordar, como a mamãe viajou pediram para eu ir para lá. – Ele sorriu.
- Que bom Phi! – Intoch se sentiu aliviado com a notícia.
- Eu vou ter que incomodar os rapazes. – Kao resmungou olhando para a casa. – Viemos no carro de Pruk... – Explicou ele se afastando do abraço.
- Se o Phi quiser eu posso te levar. – Intoch se ofereceu, algo o movia a querer acompanhar o mais velho.
- Eu adoraria que o Nong pudesse me acompanhar. - Kao foi sincero e o menino sorriu para ele.
Os dois rapazes retornaram a casa e explicaram o que estava acontecendo para os demais, que fizeram um alvoroço em torno da notícia, mas como não era um horário comum de visita não teria como ir todos e, Intoch logo informou que iria acompanhar Kao ao hospital acabando com o debate de quem o faria. Eles tinham uma regra básica na casa, em hipótese nenhuma os menores saiam sozinhos e a noite nenhum deles saia sozinho, para alguns poderia soar como besteira ou preocupação exagerada, mas eles conheciam muito bem as sombras, viveram por muito tempo nelas, então, Team se designou para acompanhar o irmão e, na sequência Win se ofereceu, também, com a desculpa de fazer companhia ao menor caso só deixassem entrar dois para ver Lawan. Logo, Os quatro rapazes saíram de carro, mesmo que Team tivesse preferido usar a moto, a questão era delicada então ele achou que valia o sacrifício, pois era melhor darem toda a atenção e apoio ao P’Kao que foi no banco de trás com Intoch, enquanto Win ia no do carona ao seu lado.
Quando chegaram ao hospital Intoch acompanhou Kao e, Team foi aguarda-los junto com Win no café do outro lado da rua, já que não foi permitido a entrada dos quatro. Ao entrarem no café os rapazes pediram dois capuccino e duas tortas de amêndoas para degustarem enquanto esperavam pelos outros. Os meninos aproveitaram o tempo para conversar sobre as estratégias para a competição de natação que se aproximava, o mais velho relatava os pontos fortes e os pontos fracos de cada equipe que iria participar. Win sempre optava por iniciar a conversa com Team por assuntos mais gerais para que o pequeno fique mais a vontade, para quando surgir uma oportunidade poder investir suavemente com seu flerte, pois uma coisa que aprendeu nesse tempo de convivência era que se forçar demais não conseguiria nada, ele já tinha presenciado alguns cortes feio que Team havia dado a alguns fãs que o perseguiam durante os treinos de natação.
- O Nong é muito durão, mas come feito criança! - Win gracejou esticando o braço em direção ao Team e, com os próprios dedos limpou o canto da boca do menino, num toque leve sentindo a maciez dos lábios.
- Ohh... – Foi a única coisa que Team disse surpreso com o ato, ele levantou os olhos para encarar o loiro a sua frente, involuntariamente o toque o fez olhar para os lábios do mais velho e se lembrou do beijo que trocaram.
Eram momentos como aquele que mantinha viva a esperança em Win, ver seu filho perdido em pensamentos ao seu toque, ele iria ajudá-lo a achar um caminho para fora da escuridão e, fazê-lo aceitar que ele também tem o direito de amar e ser feliz. Team se afastou do toque mas tinha um leve rubor em suas bochechas e os lábios mostravam quase um sorriso quando o pequeno baixou o rosto de volta para atacar seu pedaço de torta, Win sorriu por estarem progredindo.
No hospital Kao e Intoch foram encaminhados para o quarto de Lawan, explicaram a eles que ela já estava quase desperta, com bastante movimentação e, seria mais confortável para ela ter alguém familiar por perto quando ela despertasse. Kao e Intoch se sentaram perto da maca onde a moça estava sendo monitorada por alguns equipamentos, o mais jovem segurou firme a mão de seu sênior, lhe transmitindo segurança e apoio.
- Obrigado pelo Nong estar aqui me apoiando. – Kao afagou o rosto do menino ao lado.
- Sempre, P’Kao! – Intoch sorriu tímido, mas cumpriria aquela promessa.
Um movimento da paciente na cama chamou a atenção deles e, Kao chamou o nome dela ficando em pé ao lado da maca, ele acariciou o cabelo da prima com carinho, Intoch ao seu lado liberou sua mão e ficou massageando suas costas incentivando o mais velho a continuar a falar com a adormecida.
- Phi, sou eu Kao... Está tudo bem... Eu não serei mais o Nong birrento, eu prometo... Só volte para nós! – Kao pediu quase em uma prece. – Acorda P’Lawan! – O rapaz estava implorando.
E, como se atendesse seu chamado a garota abriu os olhos, levou um tempo para conseguir ajustar a vista e entender onde estava. Quando sua visão ficou na figura do rapaz chorando ao seu lado, Lawan chorou de alegria, finalmente ela estava em casa. Com um sopro de força ela chamou seu nome e Kao a abraçou forte, agradecendo a Buda por ela estar viva e de volta para sua família e, Intoch foi chamar uma enfermeira. De repente a mente de Lawan começou a funcionar acelerado e ela se lembrou de tudo que aconteceu e de algo muito importante.
- N’Kao onde está meu bebê? – Ela se desvencilhou com a pergunta urgente. – Meu bebê está bem? – Ela encarou o primo angustiada.
- Que bebê? – Qual ficou completamente surpreso com aquilo.
- Como assim que bebê? – Lawan ficou desesperada. – Meu bebê não está aqui? - Ela ficou chocada já com lágrimas e a cabeça rodando com os acontecimentos.
- P’Lawn, você está dormindo a oito meses... só você foi encontrada no local do acidente... que bebê é esse? – Kao ficou assustado com a possibilidade.
- Ohhh não! – Lawan gritou e começou a tentar se levantar. – Precisamos encontrar minha filha, meu bebê está sozinha. – Ela olhou para o primo devastada.
- Calma nós vamos ajudar, mas você precisa se recuperar e contar direito. – Kao pediu, mas a garota estava decidida e tentava arrancar os aparelhos enquanto chorava desesperada.
A enfermeira e o médico que entraram viram toda a agitação da paciente e como ela não se acalmava eles aplicaram um sedativo para ela dormir.
- P’Kao, que aconteceu? – Intoch perguntou assustado.
- Parece que Lawan tem um bebê desaparecido... – Kao pronunciou ainda incrédulo.
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Anjos da Noite
أدب الهواةTeam integra um grupo de órfãos que lutam por sobrevivência e, para defender outras crianças para que não sofram as mesmas perdas e agressões que eles sofreram um dia. Foram tantas decepções que eles não acreditam em mais ninguém além deles mesmos. ...