- Ei como você está? - Manaow perguntou a Pruk assim que ele voltou para a sala de jogos.
- Como mais eu poderia estar?- Pruk sorriu largamente pegando suas mãos. - Eu descobri dois primos que já amo tanto, há algum tempo como toda a família deles, meu pai está flutuante de tanta felicidade o que o ajudará muito a superar a depressão... Ele prometeu aos meninos dar o seu melhor para suprir a falta da mãe deles. - O rapaz confidenciou a ela. - E, o mais importante... Você está me dando uma chance... Então, se isso não é o paraíso não sei o que é. - O sênior se aproximou e beijou a bochecha da menina. - Obrigado! Sem vocês nada disso seria possível! - Pruk agradeceu de coração.
Ae e Can regressaram com os tios, ambos de olhos avermelhados pelo choro de emoção. Os irmãos da dupla logo circularam eles os parabenizando por seu encontro com sua verdadeira família. Mali chorou porque não queria perder seus irmãos "chatos", mas os meninos a tranquilizaram dizendo que não pretendiam sair de sua casa, que conversaram com os tios sobre tudo que passaram e como foram acolhidos e construíram laços firmes e fraternos, então mesmo os encontrando, não queriam sair do seu lar, o que os mais velhos entenderam perfeitamente e se orgulhavam dos dois pequenos. O pai de Pruk, que agora, era só sorriso entre as lágrimas remanescente de alegria, juntou a grande família de seus sobrinhos para poder agradecer tudo que fizeram por seus três meninos.
- Hoje eu tenho uma nova chance de me redimir com o espírito da minha irmã, então vocês podem contar que serei bem presente na vida de vocês dois. - O Sr. olhou com carinho para seus sobrinhos. - E, vocês que fazem tanto bem para a sociedade, o meu muito obrigado, por acolherem e cuidarem dos meu pequenos perdidos, por apoiarem o trabalho da minha esposa de forma excepcional, por influenciarem positivamente e, deixarem meu filho Pruk tão feliz. - Ele mirou em especial a menina de sorriso doce ao lado de Pruk. - Não há no mundo o que pague tudo que fazem, então só posso lhes dar minha gratidão eterna e a promessa de que de que estarei aqui para o que precisarem. - O dono da casa tinha um sorriso tão largo que fez Pruk e sua mãe lacrimejarem.
- O Sr. Não precisa nos agradecer por nada, seus sobrinhos são nossa família também! - Team se pronunciou em nome de todos. - Quanto a ajuda no hospital, fazemos apenas o mínimo que nos é possível, a Doutora é quem de fato faz a diferença salvando vidas. - Eles não eram muito fãs de serem vistos em holofotes. - E, P'Pruk tem um bom coração, talvez só não tivesse ainda a oportunidade de demonstrar. - Ele olhou para um Pruk envergonhado, mas feliz pelo elogio do menor.
- E, afinal o mérito de manter esses dois na linha é todo das mães. - Intoch riu implicando com seus irmãos.
- Nossas famílias agora se fundem! - A mãe de Pruk exclamou com o peito explodindo de amor. - E, isso me deixa muito, mas muito feliz... Eu acompanho a um longo tempo os relatos de seus feitos... - Ela olhou para a mãe de Kao com Kanda no colo, Del e Pay vivas, seus sobrinhos saudáveis e seguros, assim como as demais crianças resgatadas, o sorriso verdadeiro de volta aos lábios do marido e, seu filho com muito amor transbordando pelos olhos. - E, vejo toda a diferença que vocês fazem no hospital, então sim, estou orgulhosa de vocês e, quero pedir permissão para essas duas mulheres incríveis... - Ela mirou Soya e Sida. - Para tê-los, também, como meus filhos.
- Há muito sabemos que nossos filhos são para o mundo... - Sida disse com carinho. - E, são nossos bens mais preciosos, seria uma honra compartilhar esses amores. - Ela sorriu orgulhosa de suas crianças.
E, foi com o espírito de fraternidade que os jovens voltaram a brincar alegremente enquanto os mais velhos os observavam trocando histórias sobre eles. A família de Pruk estava renascendo naquela noite, para voltar a felicidade de um bom lar. Can e Ae sentiam que a mãe deles estava feliz onde quer que ela estivesse os observando, eles acabaram tendo muita sorte afinal, encontrando uma grande família que os acolheu, agora achar o irmão tão amado da falecida mãe e, de quebra um primo super legal, realmente valia a pena cultivar a esperança em seus corações. De longe Pharm olhava seus menores com atenção e carinho sem perceber que ele, também, era o alvo de observação do Dean que se aproximou sorrateiramente, aproveitando que o pequeno estava a distância dos outros.
- N'Pharm está muito pensativo, algo o preocupa? - Dean chamou a atenção do menor para si. - Os pais de Pruk são pessoas maravilhosas, não precisava se preocupar, os Nongs terão boas referências aqui também. - Ele argumentou.
- Sim, eu sei... - Pharm sorriu da preocupação do sênior. - Eu já conhecia a doutora e, sempre admirei sua pessoa, Pruk, também, aparenta ser bom, ainda falta um pouco de caminhada, mas Manaow aparentemente, decidiu ajudar. - Ele piscou para o mais velho.
- Então o que o preocupa? - Dean insistiu.
- Phi... É que esse monte de coincidência está me incomodando... - Pharm suspirou. - Patinho que cresceu conosco é prima do P'Win, N'Del que conhecemos ao acaso é sua irmã, Pay é irmã de N'Mali, N'Kanda é prima de P'Kao e, agora isso ....- Ele gesticulou agitado em direção aos irmãos Ae e Can.
- E, isso é ruim? - Dean ficou confuso.
- Não me entenda mal... mas isso me faz pensar que surpresas a mais o destino nos reserva. - Pharm tinha um ar pesado.
- Seu irmão... é isso? - Um estalo surgiu na cabeça de Dean reconhecendo a preocupação do menino. - Você está pensando que ele também pode reaparecer? - Pharm acenou afirmativo. - Ele aparecendo ou não você tem toda a sua família e a mim ao seu lado. - O sênior queria tirar essa preocupação do coração.
- Espero que não tenhamos essa surpresa, nem para mim, nem para P'Team. - Pharm murmurou se servindo de suco e voltando com o sênior para junto dos outros.
No outro canto da sala Team observava os passos de todos os seus irmãos para se certificar que não estavam aprontando nada e, por sorte estavam todos se divertindo tranquilamente. Por um momento ele parou para olhar em direção ao olhar que o perseguia a todo momento, o sênior loiro parecia chateado com alguma coisa, então, depois de ponderar por alguns segundos ele se deu por vencido e caminhou até Win, sua natureza cuidadora o impedia deixar para lá qualquer coisa. O pequeno parou em frente ao sênior e o olhou com cara questionadora e, Win não sabia se ficava feliz por ver seu Nong prestar a atenção nele ou ficava envergonhado por seus pensamentos vergonhosos. Quando Win desviou o olhar constrangido, Team bufou a espera de alguma explicação do mais velho.
- Hia vai dizer o que lhe está aborrecendo? - Team perguntou impaciente com o silêncio.
- Não é nada, Pao... - Win tentava manter a dignidade.
- Sério isso? - Team arregalou os olhos. - Hia sabe que seu bico está indo até o outro lado da sala? - O pequeno implicou com um sorriso sarcástico.
- Humm... - Win resmungou amuado. - Talvez... Só talvez... eu esteja com um pouco de inveja. - Declarou o rapaz com o rosto corado por sua confissão.
- Dê quem? - Team levantou a sobrancelha completamente surpreso e confuso.
- Hora... Do Kao e do Pruk. - Win foi sincero e olhou para os amigos. - Eles parecem felizes... com os Nongs dando lhes uma chance... - O jovem contou o que ia em seu coração.
- Ah... Sinto muito... - Team entendeu o que o sênior queria dizer e Win sentiu sua sinceridade. - Eu avisei para não criar ilusões, você deveria seguir....- O pequeno tentou persuadir seu mais velho a desistir.
- Não estou te culpando... É por minha conta e risco... eu prefiro seguir meu coração e, ele quer ficar do seu lado. - Win interrompeu seu pequeno. - Vou persistir até que consiga, assim não terei mais inveja. - Win sorriu para o menino a sua frente, mas o mesmo não sorriu, ele estava triste.
- Hia deveria ir atrás de quem possa retribuir esse sentimento... - Team ficou pesaroso, não queria que Win sofresse por ele.
- Nong não se vê com justiça! - Win encarou o menino. - Olhe a sua volta... Eles voltam a se abrir porque você os devolveu a esperança, porque eles tem seu amor incondicional, então podem arriscar sem medo... - O sênior respirou fundo. - Não se preocupe comigo... Também estou aprendendo esse novo sentimento, quem sabe eu possa ser aquele que será seu apoio? - Win olhou para seu menino com carinho e se afastou para não dar a chance do menor pensar em se distanciar dele por não querer faze-lo sofrer.
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Anjos da Noite
FanfictionTeam integra um grupo de órfãos que lutam por sobrevivência e, para defender outras crianças para que não sofram as mesmas perdas e agressões que eles sofreram um dia. Foram tantas decepções que eles não acreditam em mais ninguém além deles mesmos. ...