Capítulo 41- Estava tão perto ...

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A manhã de domingo foi livre para que os integrantes do clube de natação aproveitassem o resort e, Win fez questão de lembrar da sua promessa que fez para Team e seu companheiro de quarto e, os guiou para um passeio paradisíaco indo lhes mostrar as grutas de uma praia próxima que ficava mais deserta, conservando assim sua beleza natural. O passeio foi bastante agradável, enquanto os Nongs admiravam a beleza do lugar, Win se perdia admirando o pequeno Team que fazia alguns vídeos para mostrar a Kanda e o restante das crianças, o que fez o mais velho ter a ideia de combinar um final de semana para trazer toda a família de Team para aproveitar a praia e rever Samy, seria muito agradável estar com todos ali. E, quando Win expressou essa ideia Team não teve como negar que seus irmãos adorariam aquela proposta principalmente os menores, então acordaram que iriam combinar depois uma melhor data para que todos pudessem estar presente.

Quando os três rapazes voltaram para o resort já era hora do almoço, mal tiveram tempo para tomar um banho e se arrumar. Depois da refeição eles embarcaram no ônibus para voltar para casa, a maioria dos integrantes do clube estavam dormindo, outros conversavam pacificamente ou ouviam música. Como o companheiro de quarto de Team queria dormir ele trocou de lugar com Win para poder deitar, já que o mais velho estava só em seu acento e, assim o sênior pode voltar ao lado de seu pequeno. Team estava viajando em seus pensamentos enquanto olhava a paisagem pela janela e nem percebeu a mudança que ocorria ao seu lado. Win ficou um tempo olhando para seu Nong , ele a cada dia admirava mais o pequeno e aquela força que emanava dele, mas ao mesmo tempo estava triste por Team ter passado por tanto sofrimento em sua vida, se havia uma criatura que merecesse tanto ser feliz era aquele anjo ao seu lado.

- Ei...- Win interrompeu os pensamentos do pequeno com um leve toque de seu dedo na  mão de Team que estava segurando tão firme no descanso de braço que os nós estavam tencionados. – Se algo te incomoda você pode conversar comigo. – O sênior se ofereceu.

- Está tudo bem... – Team respondeu depois de alguns segundos encarando o novo companheiro de viagem, ele também não tinha percebido que suas lembranças o estavam fazendo  a quase machucar a mão de tanta força.

- Você não precisa guardar tudo... Se você precisar de alguém para te ouvir ou apenas estar ao seu lado pode contar comigo. – Win deu um sorriso doce e levantou a mão do Team do descanso e entrelaçou com a sua. – Serei seu Hia e sempre estarei aqui para você... Você cuida de todos com muito zelo, agora eu cuidarei de você. – Win se acomodou melhor na poltrona e relaxou fechando os olhos para dormir, deixando a cargo de Team se iria soltar as mãos ou não.

Team ficou olhando para o rosto suave do rapaz ao seu lado, sem entender direito, mas a sensação de ter a mão do sênior entrelaçada na sua lhe dava uma grande sensação de conforto, então ele a deixou assim e voltou a olhar pela janela, mas agora ele realmente via a paisagem, sua mente estava tranquila. Win espiou para o lado e viu as feições do pequeno mais suaves e isso o confortou imensamente e, ele voltou a fechar os olhos e dormiu sentindo o calor que emanava de suas mãos unidas. Quando o ônibus estacionou na Universidade Team sacudiu o sênior ao seu lado para acorda-lo, ele já tinha se desvencilhado e apenas aguardava o mais velho levantar para sair. Win sorriu para o pequeno e se levantou para pegar suas coisas, aos poucos todos já estavam fora do ônibus. Win tinha deixado o carro com os amigos e tinha ido de moto no dia da saída do clube e, agora iria se oferecer para deixar Team em casa, mas ficou frustrado quando viu Can parado encostado na moto de Team,  então se amaldiçoou por não ter se oferecido antes, enquanto via os irmãos se abraçarem e o mais novo entregar as chaves para Team que assumiu a direção da moto e, logo eles pegaram a estrada deixando para trás um coração frustrado.

Chegando em casa Team foi cercado de abraços apertados  e de perguntas de seus irmãos, tutores, amigas e mães, pois a casa parecia em festa por seu retorno. Na verdade a família por si só já era barulhenta e, somando a ajuda de Del e Pay, tudo ficava mais agitado, mas não era ruim, na verdade para os quatros anjos que cresceram isolados enquanto se protegiam das mazelas do mundo, aquilo era o que sempre desejaram, uma família grande, unida e cheia de amor. Por isso, Team tinha um grande sorriso no rosto ao voltar para seu lar, estar com os seus lhe fazia ter forças para trancar suas sombras e, logo, Kanda pulou em seus braços para lhe dar boas vindas, lhe dando um aperto bem forte em volta do pescoço, toda fofa e iluminada como sempre, a menina ria feliz com as cócegas que seu irmão mais velho lhe fazia, aquele sim era o paraíso para o coração de Team.

Depois que Team tinha saciado os menores de todas as suas curiosidade sobre a viagem ele pode relaxar na beira da piscina e desfrutar dos petiscos preparados com todo carinho por Pharm, Max e Soya, ignorando de propósito os olhares de Tul para ele, Team não estava disposto a entrar naquele assunto incômodo, não por hora, não quando estava começando a regressar ao seu eixo e, o mais velho entendeu o recado e resolveu deixar o diálogo para mais tarde. Mas, como tudo na vida dos anjos era feito andar na corda bamba... Boss tinha um assunto que queria tratar com seus irmãos, na verdade era um problema de Pay , que tinha lhe pedido ajuda e, ele achava que  poderiam ajudá-la com os contatos que tinham. Então ele pediu para o quarteto, junto com Can e Ae, se encontrassem  com ele, Pay, Don e Del na biblioteca para conversarem com um pouco mais de privacidade.

- Digam qual é o problema? – Team questionou assim que todos se acomodaram e Boss olhou para Pay para lhe dar a palavra.

- P’Team... – Pay começou incerta, mas a amiga Del  apertou sua mão em apoio, ela tinha certeza que eles poderiam ajudar. - Eu não sei se vocês se lembram do que eu contei sobre meu pai ter tido um caso fora do casamento e de que minha mãe o fez pagar para mulher tirar o bebê que ela esperava. – Todos acenaram afirmativo e deixaram ela continuar. – Eu voltei a questionar meu pai e ele me confessou que a mulher não sabia que ele era casado e só descobriu quando minha mãe fez um escândalo e, que ele deu um bom dinheiro a mulher e nunca mais teve contato com ela. – Pay ficou com os olhos marejados e Boss passou o braço por seus ombros. – Mas eu necessito saber se essa criança nasceu ou foi abortada... Eu não consigo parar de pensar nisso...

- Nós compreendemos isso, mas você já imaginou se essa criança nasceu e não quer saber nada de você? – Intoch ponderou. – Não quero ser pessimista, mas veja bem, temos aqui dois exemplos. – Ele apontou para os irmãos. – Pharm nunca quis saber quem é o irmão e P’Team dá graças a Deus por não lembrar de quem era o seu.  – Ele foi sincero fazendo as lágrimas de Pay rolarem.

- Mas o caso aqui é diferente... – Manaow interviu. – Pay assim que soube a possibilidade de ter um irmãozinho ela está buscando encontrar o paradeiro, no caso dos meninos aqui eles foram abandonados pelos irmãos, por isso esses não merecem uma segunda chance. – Ela confortou o coração da amiga.

- Em todo caso é necessário primeiro saber se a criança nasceu, para depois ver se P’Pay vai se aproximar dela ou não. – Ae argumentou com razão.

- Pode ser fácil ou não, vai depender do nosso ponto de partida... – Pharm encarava a menina com preocupação, não queria dar falsas esperanças para ela. – Você tem alguma pista sobre a mulher com quem seu pai se envolveu?- Ele a indagou.

- Sim, sim... – Pay fungou e secou as lágrimas antes de tirar um envelope da bolsa. – Eu achei essa foto nas coisas do meu pai, mas só tem o primeiro nome. – Ela informou entregando para o Team que rapidamente tirou a foto do envelope para olhar.

- Ei vocês sabem o que aconteceu com o P’ Max? – Mali apareceu na porta alarmando a todos na sala. – Ele veio chamar você para comer o bolo e agora passou por mim com uma cara... – Ela dizia , mas se interrompeu quando reparou na foto nas mãos de Team. – Onde vocês conseguiram essa foto? – A pequena se aproximou com lágrimas nos olhos.

- Você a conhece?- Can questionou sobressaltado enquanto uns olhavam a menina preocupados e, outros completamente incrédulos.

- Como não? É a minha mãe! – Mali afirmou pegando a foto com as mãos trêmulas.

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