Guardiã |Concluído

Jack

Lisa saiu feita louca pela porta, seja o que for, fez ela ficar nervosa.

-- Será que aconteceu o quê? -- ouvir Hilary perguntando e olhei para ela

-- Não sei, provavelmente mais problema -- bebi a cerveja -- Parece que Lisa tem um ímã que atraí todos os problemas para ela -- Hilary concordou e apoiou o cotovelo no balcão

-- Deste que conheci ela, sabia -- diz -- Às vezes ela não fazia nada, mas uma única coisa era o suficiente para o nosso antigo chefe descontar do salário dela --

-- Percebi que ela cuida muito de você. Isso é muito bom -- falei e vi um sorriso no rosto dela.

-- Sim, verdade. Deste de cedo eu não tenho ninguém com quem contar, então Lisa apareceu e foi como um anjo da guarda. Sempre me protegendo, ajudando, conversando -- concordei.

Suponho que todos temos história triste, gosto de pensar que é essas histórias que nos faz sem quem somos. Bom a minha pode ser ou não ser triste, depende como você julgar.

Meus pais são vivos, tenho mais dois irmãos. Megan e Noah. Megan já tem uma filha de cinco anos, sou o tio mais bobo que existe, mas como tudo não é perfeito sempre tem um lado ruim na família tradicional.

Me assumir Bissexual e meus pais não aceitaram, apenas minha irmã. Fui colocado para fora sem qualquer cerimônia, então como já conhecia Joseph, comecei a trabalhar para ele logo depois do fim da faculdade. Para ser honesto, eu nunca pensei em trabalhar com isso enquanto fazia a faculdade, eu queria ser um advogado, porém depois que tudo desmoronou, a minha vontade também foi embora.

Hoje em dia mando dinheiro para minha irmã e sobrinha. Nem um da minha família mora aqui, todos são do interior. Então todo mês mando dinheiro suficiente para minha irmã dividir entre ela e meus pais, porém eles não sabem que sou eu que mando. Se soubesse, não aceitaria.

Acredito que por isso me identifiquei tanto com Fellipe quando o conheci. Nossas histórias são quase iguais e é em momentos assim que precisamos nos agarrar a alguém.

Não contei a ninguém sobre minha sexualidade, sou bem neutro quando o assunto é esse.

Ouvi a porta abrindo, Tales e Fellipe entraram.

-- O que aconteceu com aquela garota? -- perguntou Fellipe e sabia que ele estava falando de Lisa

-- Saiu louca depois de um telefonema -- digo e ele sentou ao meu lado. Notei um olhar entranho de Hilary para Tales. Parece que ela ficou feliz por ver ele.

-- Vão querer algo? -- ela perguntou olhando para os dois

-- Cerveja -- diz Tales encarando ela.

-- O mesmo -- Fellipe falou e pegou o celular. Ele envia mensagem para alguém e rir com isso -- O que foi? Está mal-humorado hoje princesa? -- me olhou sorrindo.

-- O que foi que está de bom humor? -- perguntei e ele sorriu

-- Não foi você que falou que sou o cara mais bem-humorado -- isso era verdade. Não importa o que aconteça, Fellipe sempre está sorrindo.

Olhei para o lado, Tales e Hilary continua conversando. Tem algo rolando, posso estar errado, mas eu nunca estou.

-- Sabe aquela balada que falei naquele dia... -- Fellipe começou a dizer -- Vamos nesse final de semana -- o encarei

-- Na boate gay? -- perguntei já sabendo a resposta

-- Onde mais eu iria? -- sorriu e que sorriso lindo. Desviei minha atenção dele e falei com Hilary.