Passo a mão no meu maxilar que dói um pouco. Aquele porco nojento acertou um soco assim que entrei na viatura e estava longe dos olhares curiosos.
Deitada nessa cela me pergunto se me arrependo... Não, de forma alguma. Faria novamente se possível mas tentaria deixar a Sarah fora disso. Imagina, sai para curti a folga do pai e do nada ver o pai deitado no chão sendo preso, aí do nada, a mulher doida entra no meio e sai chutado dois polícias...
Bom, o que eu poderia fazer?...
-- Saia logo daí -- diz um policial abrindo minha cela -- Alguém pagou sua fiança -- depois de horas nessa cela
-- Que legal -- respondi com o mesmo tom dele. Acho que ele não gostou muito de mim. Caminhei para fora dali e ele me orientou até uma sala onde eu vi a morte me esperando
A forma que o chefe me olha gela até minha alma e quase peço para o cara me levar de volta para a cela, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele fecha a porta me deixando sozinha com esse cara de olhos gelados e afiados
-- Obrigada por pagar a fiança -- ele estreitou ainda mais os olhos ao ponto de ficar dois risco
-- Lisa só me diga porquê... -- notei no canto um homem com uma pasta
-- Simples... Esses filhos da puta foram racista... O que eu poderia fazer? -- ele respirou fundo acho que para não surta
-- Então você decidiu bater neles... Simples assim --
-- É... Simples assim -- nesse momento o chefe respirou tão fundo que se demorasse um pouco mais ele explodia
-- Porque você não pode ficar fora de problema por um segundo? Qual é seu problema Lisa? O que custava resolve de outra maneira? Hein? --
-- Eu preciso proteger todos ao meu redor... Pensei que tinha entendido --
-- Eu entendi Lisa, eu entendi... Mas o seu proteger sempre acaba você se ferrando... Dá para você olhar para você por um segundo? Olha a merda que você fez -- revirei os olhos
-- Não me importo, faria de novo --
-- LISA -- ele grita e bate na mesa ao mesmo tempo. Me assustei e olhei para ele incrédula. Ele estar vermelho e fechamos olhos para não surta -- Só... Só por um momento você poderia parar de ser teimosa? -- acalmou a voz e abriu os olhos -- Não posso falar com você agora, preciso resolver outra coisa... -- respirou fundo -- Vá pra casa, conversamos lá -- ele não precisou falar mais nada, aquele grito bastou para me tirar do sério. Não podia ver um ato de racismo e ficar quieta, qual é o problema dele entende.
Passei por ele sem dizer uma palavra até senti ele me puxando.
-- A carona está no estacionamento -- diz
-- Eu tenho perna, eu sei andar -- puxo meu braço com tudo e ele respira fundo
-- Só vá pra casa, por favor! É a única coisa que eu peço -- encarei ele no fundo dos olhos e vi o cansaço gravado em seu rosto.
Não falei nada, apenas sai e fui em direção de casa.... Cheguei em casa e logo Tales veio até mim, em envolveu em um braço e me rodou
-- Você não existe Lisa... Você não existe -- diz rindo e me coloca no chão
-- Olha, me desculpa ter feito a Sarah ver tudo aquilo mas eu não podia.. -- ele colocou a mão na frente da minha boca
-- A Sarah amou ver alguém defendendo alguém como você fez... Ela amou o que você Lisa assim como eu amei -- ele sorriu -- Eu perguntei por quem mais você era capaz de entrar na frente mas nunca imaginei que eu era uma dessas pessoas -- nem eu... Agi por impulso
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Guardiã |Concluído
RomanceLisa Boo, 23 anos, descendente coreano. Logo depois que nasceu, sua mãe largou ela com o pai e deste de pequena o mesmo ensinou para ela artes maciais. Com apenas seis anos era capaz de derrubar alguém com o dobro do seu tamanho. Com o passar do te...