Ganhamos aquilo que queriamos!

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Lisa

Já anoiteceu e nossos amigos já foram embora. Na verdade, Jack praticamente expulsou todo mundo alegando que eu e Joseph precisávamos descansar. Depois que eles partiram, Joseph me perguntou se eu queria que ele ficasse do meu lado, mas eu falei que não, que ele precisava resolver assuntos dos negócios dele de ambas partes e que eu me viraria sozinha. Então beijou minha testa, alisou o cabelo de Bae e subiu para o escritório dele. Querendo ou não, eu e meu irmão precisamos desse tempo a só. Ainda não tivemos esse momento.

Se não me engano Bae já tem dois anos e isso me faz lembrar que talvez a certidão de nascimento tenha ficado na casa do meu pai. Preciso verificar e se não tiver, mandar alguém ir buscar.

Brinquei com Bae, ouvir a risada dele fez meu coração acelerar tanto que sentei uma enorme alegria. Toda vez que meu irmão rir eu sinto meu coração se aquecendo um pouco mais, como se ele tivesse tampando aquele vazio. Todos então fazendo isso, principalmente Bae e Joseph!

Mas é quase impossível olhar para meu irmão brincando e não pensar no bebê que pedir. Ok, eu sei ser teoricamente um feto, contudo era meu. Meu bebê! E no futuro poderia ser eu e ele sentando jogando a bola.

Apesar disso, apesar de pensar em tudo isso e me sentir feliz, sentir que eu encontrei meu lugar, não posso deixar de lembrar daquele garotinho de cinco anos. Não posso deixar de associar o sorriso dele com o do meu irmão. Não posso não pensar como ele seria hoje e de como amaria todas essas pessoas ao meu lado.

Max fez parte da minha vida em um dos piores momentos, contudo ele é como a luz entre a escuridão e mesmo que toda vez que eu lembre dele sinta como se toda a culpa fosse minha, como se eu pudesse ter feito algo e meu peito grita com a dor, mesmo assim eu amo lembra dele. Lembrar de Max é o mesmo que uma droga para um viciado. Machuca, mas traz paz!

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Coloquei Bae em minha cama e coloquei os travesseiros ao redor dele para que se bolar, não caia. Desci indo em direção a cozinha e sentir aquele cheiro de comida maravilhoso. Joseph está de costas para porta enquanto mexe na panela, caminhei até ele e abracei.

-- Tinha me esquecido da sua capacidade de cozinhar -- sua mão tocou meu braço e ouvir sua risada

-- Se prepare para ficar ainda mais supressa -- falou e fui para o seu lado -- Experimente! -- Olhei para panela enquanto ele enchia a cocha com o caldo, ele assoprou e levou a cocha até minha boca

-- Nossa, que delicia -- seus olhos brilharam -- O que é? --

-- Cioppino -- ele fechou a panela e me olhou -- É uma categoria de cozido que leva fruto do mar, tomates, pimentões, peixes e diferentes categorias de vinho. Enfim, uma variedade muito grande de ingredientes --

-- Nunca comi... -- falei e ele desligou o fogo e pegou a panela

-- Vai comer agora. -- dito isso, fui até o armário e peguei dois pratos e talheres.

Sentamos lado a lado, ele me serviu e eu simplesmente ataquei o prato. Repeti duas vezes e só não comi a terceira porque sentir que iria explodir.

-- Simplesmente perfeito -- falei e ele sorriu

-- Claro, fui eu que fiz -- bati em seu braço e ele riu

-- Sejas menos presunçoso princesa -- me levantei e tirei os pratos e fui para cozinha

Joseph chegou logo atrás com a panela e eu comecei a lavar os pratos. Notei que ele estava encostado na parede com as mãos cruzadas, mas ele não está olhando para os pratos...

-- Estar babando demais, não acha? -- comentei e ele riu

-- Tem como não babar? -- seu olhar desceu para minha bunda e perna

Guardiã |ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora