Bônus -
Me olhei no espelho e sorrir com o que percebi. Estou ganhando peso e talvez para outras pessoas isso não seja nada, mas para alguém como eu que fui sempre magra demais, ganhar peso é igual ao um convite para o paraíso.
Com a chegada do terceiro mês, sentir coisas boas. Parece que o sono diminuiu e estou mais disposta ao ponto de ter acabado de efetuar uma faxina.
Sinto-me mais calma, como se nada fosse me abalar e os terríveis enjoos tiveram uma leve amenizada. Contudo, como nada é perfeito, continuou indo ao banheiro em cinco e cinco minutos e às vezes me sinto tonta, mas coisa rápida.
Ainda me olhando no espelho do quarto, encarei minha barriga. Ela não mudou nada, mesmo que às vezes vejo ela um pouco inchada, entretanto nada comparado ao que acontecerá logo, logo.
Coloquei minha mão sobre a barriga mesmo assim e sorrir ao fazer isso. Na última consulta, a médica Laura contou que uma das fases do terceiro mês da gestação era a capacidade do bebê ouvir alguns sons, como minha voz ou os meus batimentos cárdicos e era uma boa hora de começa a criar um laço com esse bebê aqui dentro.
-- Oi bebê -- falei sorrindo -- Essa é a voz da mamãe e você terá que ouvir por longos anos. Sei que ainda é só o começo, mas estou ansiosa para ter você aqui. -- ouvir a companhia tocar.
Encarei a porta como se eu pudesse ver quem era.
Peguei o roupão em cima da cama e coloquei já que estou só de top e short de dormir. Eu esperava que fosse qualquer pessoa, Lisa, Tales ou até o papa... Só não esperava que fosse Stephen.
-- Hilary, abre... Sei que você estar aí -- diz ele batendo na porta.
Coloquei a mão no peito e respirei tão fundo. Não sei quando a sala ficou sem oxigênio suficiente.
-- Eu só quero conversar... Por favor, abre --
-- Não temos mais nada para conversar Stephen, por favor, vá embora -- dei um passo para trás
-- Temos muita coisa para conversar... Tenho muita coisa para dizem a v...--
-- Mais? Não julga que foi o suficiente? Aumentará o valor oferecido? Eu não quero nada de você ou da sua família Stephen... Eu só quero paz, só isso --
-- Fui um babaca. Fui um completo idiota burro e arrogante e sinto que estou perdendo a melhor coisa da minha vida -- ouço uma leve batida como se ele tivesse batido a cabeça ali -- Eu... --
Agarro meu roupão como se aquilo fosse me proteger do impacto, do choque ao ouvir aquilo.
-- Por favor, me deixe entrar. Quero dizer tudo isso olhando para você e não para essa porta velha -- fiquei parada.
Lembro a mim mesma do dinheiro jogado na minha cara quando contei sobre o bebê, me lembro de cada piada sem graça que ele soltava para mim. De como ele deixou todas aquelas mulheres me ofendem por algo que não fiz só... Lembro-me das suas palavras da última vez que nós nos vimos.
Darei 100 mil dólares por mês até essa criança ser de maior, depois disso não quero ter nada a ver com ele e nem com você.
-- Tudo bem, posso voltar outro dia, mas precis- -- mal percebi quando abrir a porta e encarei ele
-- Agora? Agora você vem com esse papo de "melhor fase da sua vida" -- empurrei ele -- Você é um idiota, filho da puta que não só caiu fora, como também me humilhou após ter me usado -- soquei seu peito -- Eu não queria transar com você, lembra? Não me atraí por você de primeira, mas você me conquistou com as palavras e atitude e depois de tudo, de tudo que falou e realizou, você vem com porra desse papo? VAI TOMAR NO SEU CU -- minha garganta dói por conta do último grito.
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Guardiã |Concluído
RomanceLisa Boo, 23 anos, descendente coreano. Logo depois que nasceu, sua mãe largou ela com o pai e deste de pequena o mesmo ensinou para ela artes maciais. Com apenas seis anos era capaz de derrubar alguém com o dobro do seu tamanho. Com o passar do te...