Cheguei no prédio e assim que passei em frente a porta de Dener sentir uma grande vontade de ir lá e bater para pelo mesmo verificar se ele estava bem mas me deparei com o pequeno aviso "aluga-se" o que fez meu coração parar. Para onde ele foi?
Não tive tempo de pensar porque ouvi alguém abrindo a porta atrás de mim e quando olhei lá estava meu pai. Ele me viu e sorriu de lado e logo me chamou com um gesto de mão. Olhando para ele vejo que está mais velhos, alguns cabelos brancos estão aparecendo e algumas rugas também.
-- Oi pai -- digo quando fico frente a frente com ele. Sem dizer uma palavra ele me puxou para um abraço forte e protetor. O mesmo abraço que ele dava quando eu me machucava
-- Fiquei louco de preocupação... Como pode se descuidar dessa maneira Lisa? Como pode? -- colocou as mãos em meu ombro e na mesma da hora senti a dor em meu ombro e ele largou -- Eu nunca tinha pensado como esse trabalho é perigoso e como eu posso perder você facilmente... Há minha menina, eu sinto muito por colocar você nessa -- vejo que ele está emocionado e foi minha vez de abraçar ele
-- Tudo bem pai, sério, tudo bem... -- apertei um pouco mais -- Vou me cuidar mais, ok? Não se preocupe -- ele ficou abraçado como por mais alguns segundos e quando me soltou vi um sorriso em seu rosto
-- Obrigada por me procurar... Entre, afinal, a casa é sua -- diz sorrindo e eu sorri também. Entrei no apartamento e está tudo bem arrumado, pela primeira vez. Cada coisa em seu canto mas algo me chamou atenção, do lado do sofá tem um carrinho de brinquedo -- Venha, beba isso -- segui ele para cozinha e quando estava pronta para perguntar porque tem um brinquedo na sala a porta abriu e respondeu minha pergunta.
Kim entrou segurando algumas sacolas na mão enquanto segurava uma pequena mão na outra. O menino logo entrou com um pijama azul e me olhou. Seus olhos puxados, sua cor de pele e o formado do rosto não nega, ninguém precisa me dizer nada para entender o que está acontecendo aqui.
--Oi filha, que bom ver você -- diz Kim sorridente fechado a porta e meu pai vai até ela para pegar as sacola --Obrigada --agradece a ele com um sorriso e ele retribui. Logo o foco dela volta pra mim e meus olhos vai em direção ao menino que já está agarrado ao carrinho -- Ah, deixa eu explicar --se aproximou --Esse é Bae e ele tem dois aninhos --vejo a felicidade em seus olhos
--Seu filho? --a única coisa que sai da minha boca
--Sim --ela baixou a cabeça um pouco mais logo levantou com um sorriso amigável no rosto --Ele é fruto de um relacionamento que eu tive mas não deu certo --concluiu e vi como não só ela, mas meu pai também esperava uma reação minha
--O senhor sabia? -- olhei para meu pai
--Sabia... Quando você veio aqui e viu ela, ela tinha acabado de colocar Bae na cama... Tentamos contar e sabemos que é muita coisa para entender e aceitar -- antes de concluir Kim se apresa
--Olha filha -- toca meu braço e olho para ela e por algum motivo não me afastei --Eu sei o que está pensando... -- interrompo ela com uma risada
--Sabe? -- fui bem irônica mais isso não afetou --Você fugiu, não cuidou de mim e agora... --parei quando olhei para o menino no chão, ele me olha com os par de olhos pretos. Respirei fundo e voltei minha atenção pra ela --Só é muita coisa para entender de uma vez --ela segurou mais firme meu braço e se aproximou
--Eu sei e entendo perfeitamente minha filha e não tem um segundo que não me culpe pelo o que aconteceu... Pelo o que sua tia fez com você, criança nem uma deveria passar por isso -- fechei meus olhos na tentativa de afastar qualquer lembrança daquela mulher
--Não fale sobre isso... --digo e abro os olhos --Não toque nesse assunto nunca mais... Quer mudar? Que mostrar que estar arrependida? Pois mostre com a ação, atitude e não palavra... --dei um passo pra trás e ela tirou a mão do meu braço, olhei para meu pai e logo para ela --Eu vim aqui porque estou disposta a ouvi você --vejo a surpresa em seu rosto --Me conte o porque me deixou, o porque foi embora... Eu vou ouvir --
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Guardiã |Concluído
RomanceLisa Boo, 23 anos, descendente coreano. Logo depois que nasceu, sua mãe largou ela com o pai e deste de pequena o mesmo ensinou para ela artes maciais. Com apenas seis anos era capaz de derrubar alguém com o dobro do seu tamanho. Com o passar do te...