Guardiã |Concluído

Por eles, eu dou minha vida!

Lisa

Acordei e toda lembrança do dia anterior veio com tudo em minha mente. Sentir o impacto dentro de mim e a frustração ainda maior. Não sei ao certo porque, mas eu esperava um pedido de desculpa. Esperava que ela falasse que passou dos limites e que sentia muito, no entanto, não foi isso que aconteceu.

A própria mulher que me colocou no mundo, me fez passar por coisas bizarras só por maldade. Só porque quis. Ainda assim, mesmo com tudo isso me sinto feliz por Bae estar comigo, por não ter acontecido nada grave com ele.

Me sentei na cama, estou só com as minhas peças intimas pelo simples fato de ter dado um surto debaixo do chuveiro. Assim que eu conseguir parar de chorar, Joseph me beijou, mas não durou muito. Acredito que naquele momento ele sentiu que não era a hora de me levar para cama e parte dentro de mim, concorda. A última coisa que eu queria era transar.

Notei que o quarto estar vazio e chamei por Joseph só para conferir se ele estaria no banheiro, como não tive resposta já sei que não. Fui para o banheiro e liguei a água quente, deixei que corresse da cabeça aos pés e rezei para que toda aquela dor ainda presente fosse embora.

Rezei para que eu parasse de me importar com aquela mulher, preciso não ligar e não me importar com tudo isso, contudo por algum motivo isso é mais difícil do que pensei.

Portanto, irei por um ponto final nisso. Não vou mais pensar no que aconteceu e nem no que foi dito de ambas partes. Minha vida começará um novo capítulo e nessa capítulo não trarei nada do passado. Nada que me afete. Não mais!

Sair do banheiro e dei de cara com Joseph.

-- Como pode você ser linda até quando acabou de acordar? -- acariciou minha bochecha e eu sorri

-- Onde foi tão cedo? -- com um simples sorriso ele ergueu uma sacola e vi ser da Chanel -- O que é isso? -- mesmo sendo óbvio

-- Roupas! -- peguei e abrir a sacola e vi por cima, olhei para ele e notei que ele trocou de roupas. Calças quase preto, blusa preta e um sobretudo cinza com alguns bolsos. -- Não poderia deixar você usar as roupas de ontem... Primeiro, elas molharam e não é nada legal usar novamente e segundo, ainda tem sangue --

-- Ok, isso entendo, mas precisa ser dessa marca? -- ele ergueu a sobrancelha

-- Não gosta? -- tirou a mão do meu rosto e enfiou a mão no bolso

-- Não é isso... Só acho cara demais -- ele riu e negou com a cabeça.

-- Vida, eu sou rico caso tenha esquecido... Comprar isso não é nada -- não prestei até no que ele falou apenas o encarei fixo. Ele acabou de me chamar de... -- O que foi? -- o seu sorriso sumiu

-- Voc... Você me chamou de vida? -- minha voz oscilou

-- Chamei... Algum problema? -- eu pisquei varias vezes e tive vontade de me beliscar para ter certeza que não era um sonho

-- Não... Problema nem um! -- ele sorriu novamente como se soubesse que aquela palavra me atingiu e encheu meu coração.

O celular dele tocou e ele revirou os olhos bruscamente antes de desligar.

-- É os meninos? -- perguntei

-- Não... É a imprensa -- ele me olhou -- Deste de ontem estão ligando para senhorita Hall para ter uma entrevista conosco e agora meu número vazou e eles estão me ligando para conseguir uma entrevista exclusiva. --

-- Há -- respondi -- Mas sabíamos que isso iria acontecer -- ele concordou

-- Sim... Me desculpe por isso -- me aproximei dele.