2 semanas depois - Lisa
Me sentei e respirei fundo aquele ar. No bar estar tocando um jaz antigo, mas calmo algo que não estou.
-- Dia ruim minha querida? -- Will perguntou e sorri de lado para ele. Ainda não é nem sete da manhã e aqui estou eu, sozinha em um bar para tentar esquecer
-- Não imagina como -- ele mostrou um sorriso compreensivo -- Vou querer uma cerveja -- concordou e se afastou.
Hilary uma hora dessa deve estar dormindo e não sou tão egoísta ao ponto de ir à casa da minha amiga grávida só para contar a ela que o cara que amo vai enfim fazer o anúncio oficial hoje.
Eu sabia que esse dia iria chegar. Sabia que uma hora o mundo iria saber que eles iriam casar, mas tudo ainda parecia uma horrível pesadelo, entretanto anunciar me parece muito real. Mas eu sabia que esse dia iria chegar
É oficial, eles são casar, terá um filho e vão viver juntos. Mesmo que o chefe diga que me ama e que não quer ela, ainda sinto que pode ser questão de tempo até ele notar que os velhos sentimentos voltaram.
Will deixou a cerveja e saiu para limpar o balcão do outro lado. Dei um grande gole no líquido e sentir ele mais amarga que o normal. Isso me fez lembrar de uma pessoa que dizia que o gosto da cerveja dizia muito sobre como você estava se sentindo...
-- Como está? -- me virei rápido e vi Dener atrás de mim -- Amargo ou doce? -- sentir meu coração acelerado. Confesso que havia um tempo que não pensava nele, mas ver ele assim, do nada me faz lembrar de tudo que já passamos juntos e me surpreendo quando o sentimento que prevalece é a saudade e a vontade de abraçar.
Ele sorriu e sentou ao meu lado. Acompanhei ele com os olhos porque isso me parece também não ser real. Eu acabei de pensar nele... Como?... Então novamente ele sorriu e chamou Will, pediu a mesma cerveja que a minha.
Ficamos calados, não sei o que dizer e nem sei se quero abrir minha boca. Bebi um gole e olhei para baixo. Will deixou a cerveja dele e vi ele bebendo.
-- Amargo! -- diz ele e olhei para o mesmo que encarava a cerveja
-- Amargo! -- falei baixo e ele me olhou. Vi o sorriso em seu rosto e acabei sorrindo também. Ele esticou a garrafa e então brindamos e bebemos juntos. -- Por onde esteve? -- perguntei
-- Em casa -- respondeu -- Voltei para casa do meu pai por um tempo. Aprendi o que tinha que aprender sobre a empresa... -- olhei para ele, realmente estava com um terno na cor marrom escuro
-- Como está o novo emprego? -- perguntei e ele bebeu um gole
-- Uma merda -- respondeu e me olhou -- Como estar o emprego? -- foi minha vez de beber
Não tenho resposta para isso. Quer dizer, o emprego é ótimo, até melhor do que pensei. Depois de duas semanas eu conseguir fazer amizade com a minha elite. Eles não têm medo e em me desrespeita, pelo contrário, eles me trata como uma deles. Brincamos, conversamos. Até Marcos me olha diferente.
Enfim, não é do emprego que não estou gostando, é de ter que ver ele e não pode tocar, sentir, ter para mim. É saber que ele está na mesma casa que ela o que não consigo aceitar bem. Faz quase duas semanas que não vou para aquela casa. Ou durmo na casa de Hilary, ou onde trabalho mesmo. É melhor que ver eles juntos. Ver eles saindo para jantar, Tales me falou que isso era para começar a chamar atenção da mídia, mas eu não aguento ver.
-- Talvez não esteja tão bem -- ele respondeu por mim e olhei para ele
-- Na verdade, é apenas cansaço. Não pensei que seria tão movimentado -- falei e ele concordou.
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Guardiã |Concluído
RomanceLisa Boo, 23 anos, descendente coreano. Logo depois que nasceu, sua mãe largou ela com o pai e deste de pequena o mesmo ensinou para ela artes maciais. Com apenas seis anos era capaz de derrubar alguém com o dobro do seu tamanho. Com o passar do te...