Te vejo no inferno!

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Joseph 

Acordei com minha cabeça doendo mas me surpreendi quando me sentei e sentir uma dorzinha em meu testículo. Tendo lembrar o motivo dele está assim mas nada vem em mente, só lembro de chegar em casa e beber. Tirei o foco da dor e olhei ao redor, estou em meu quarto. Nesse momento eu tenho mais perguntas do que respostas.

Me levantei e fui tomar banho para relaxar os músculos do meu corpo. Sai e vestir uma calça jeans e uma blusa social azul claro, penteei os cabelos e sai do quarto depois que passei perfume. Hoje não preciso ir no escritório e vou aproveitar esse tempo para cuidar de uns assuntos da mafia. Desci para cozinha e dei de cara com Lisa, ela me olha mas desvia o olhar rápido 

--Bom dia chefe --diz com as mãos nas costas. Passei por ela e fui na geladeira 

--Bom dia Lisa -- respondi e vejo que ela está um passo para sair da cozinha -- Lisa -- 

--Pois não? -- me olhou 

--Ontem... Aconteceu algo? -- ela arqueou a sobrancelha e continuei encarando 

--O senhor não lembra? -- perguntou me deixando curioso 

--Não, noite passa é um branco em minha mente -- digo me inclinando no balcão -- Como eu cheguei no meu quarto? -- 

--Bom... -- ela parece pensar -- Acordei na madrugada e vi o senhor bêbado na sala então só ajudei o senhor ir para o quarto -- respondeu mas algo em seu olhar dizer que não é apenas isso 

--Eu falei algo? -- perguntei

--S-sim -- respondeu e foi minha vez de desviar minha atenção dela. Coloquei o copo na pia e agora parando para pensa isso responde como eu cheguei na minha cama mas não explica a dor que estou no meu testículo 

--Mas alguma coisa? -- pergunto e ela balança a cabeça negativo -- Ok, então poderíamos fazer de conta que a noite de ontem não aconteceu? --

--Claro, o senhor que manda -- diz e é apenas concordei -- Mas o chefe está bem? --vejo me olhando com a sobrancelha arqueada 

--Estou... --me afastei do balcão e coloquei o copo na pia --Pode tirar o dia de folga, tenho alguns assuntos da mafia mas isso eu posso fazer sozinho mas mantenha o celular por perto --ela concordou então sai da cozinha

Havia um tempo que eu não ouvia aquele nome, nem sabia que ainda tinha tanto efeito sobre mim. Eu percebia como todos se esforçava para não dizer o nome dela mas ainda assim eu achei que tinha superado... Eu deveria não ter pesquisando por que assim eu não precisaria ter bebido tanto. 

Quem foi Ivy pra mim? Ela foi o meu primeiro amor e único. Eu amei/amo aquela mulher como nunca amei ninguém. Apenas ela foi capaz de me fazer se sentir vivo... Nós dois nos conhecemos quando ainda eramos crianças, brincávamos juntos todos dias já que nossa família era amigas e morávamos perto. 

Com o passar do tempo e nossas idades aumentando, em algum momento eu já não via ela apenas como minha amiga ou uma irmã, via ela como mulher, com desejo e nervosismos e passei a gosta dela cada dia.. Ela sempre foi linda, uma mulher de opinião forte e sonhos altos e eu sempre foi bobo por ela e ela sabia, claro. 

Então nos envolvemos quando adolescentes, ela me ajudou a passar pelo o luto quando perdi minha mãe, esteve comigo nos bons e piores dias até que ela decidiu que queria mais. Ela queria ser livre, conhecer o mundo, fazer a diferença e eu não era o bastante para fazer ela ficar então já sem escolha deixei ela ir para longe. 

Eu lia qualquer revista ou jornal que falava sobre ela. Que contava como estava indo as suas turnês como modelo ou sobre seus serviços de caridade... Cada ano que se passava ela ficava ainda mais bonita e eu ainda mais destruído. Tentei entrar em contato com ela anos antes mas ela falou que tudo que havia acontecido com a gente não deveria acontecer novamente, eramos novos demais para entender o amor.  

Guardiã |ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora