Monstro

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-- Minha monstrinha -- diz e apenas encarei ela

-- Monstro? Já se olhou no espelho? -- os dois homens se aproximaram, prontos para me atacar caso eu vá para cima

-- Todos dias! Mas não pensei que você seria como eu! -- eu rir baixo

-- Como você? Eu prefiro morrer do que ser como você sua vadia desgraçada -- vou para cima dela, mas um homem entra na frente e me empurra. Ele é bem mais alto

-- Tudo bem, cachorro que late não morde -- diz afastou ele com o braço -- Olhe e me diga qual é a diferença de nosso duas -- continuei olhando para ela, mas então olhei ao redor.

O cara que acertei uma facada no pescoço estar sentado com as costas na parede. Tem tanto sangue que duvido que esteja vivo. O segundo cara estar de barriga para cima no chão.

Vi Joseph lutando com um homem. Ele me olha rápido e acaba recebendo um soco no rosto, então percebo, ele está tentando chegar perto de mim. Assim que ele derrubar o homem, mais sete aparecem e cerca ele.

-- Tragam ela, temos muito a conversar -- ouço a voz de Gi, mas é tarde quando me viro.

Sinto braços me puxando para trás e quando vou erguer o corpo, alguém chuta minhas pernas e perdi todo apoio. Agarraram minhas pernas e por extinto, eu gritei. Não consigo me mexer, não consigo fazer nada a não ser virar meu rosto e olhar para Joseph.

-- JOSEPH -- gritei sentindo minha garganta queimar -- JOSEPH -- ele me olhou e dois homens o agarram

-- SOLTA ELA AGORA -- estremeço com seu tom -- FAÇA MAU A MIM, NÃO A ELA PORRA -- continuei olhando para ele enquanto tento chutar -- EU VOU MATAR TODOS VOCÊS SÓ POR TER TOCANDO NELA -- me levam para uma porta.

Conseguir me agarrar a parede e olhei mais uma vez para Joseph. Quero dizer que estou com medo, que não quero ir com ela. Quero suplicar para ele me ajudar, quero...

De repente lembro de quando ela me arrastava para o quarto só para me bater mais e me sufocar com o travesseiro quando eu tentava gritar. Quero chorar, quero gritar... Puxaram minhas mãos e vi quando fecharam a porta.

Subimos por escadas enquanto meu corpo todo treme. Eu sei que ela está na frente, ela estar aqui. Aqui!...

Ouço o barulho da porta abrindo e em seguida sou jogada no chão com tudo. Minha cabeça bate no piso de pedra, sinto uma dor latejante, contudo me obrigo a ficar de pé rápido, porém uma mão grossa e forte agarra meu ombro e me empurra para baixo até ficar de joelhos.

Estamos em outra sala, essa é menor com paredes brancas. Tem duas poltronas, uma azul e outra bege. Gi senta na poltrona azul em minha frente e cruza as pernas. Estou com medo, mas ela nunca vai saber disso.

Mordi a lateral da minha bochecha com força até sentir o gosto de sangue, só para ter outra dor para focar além do meu coração.

-- Como tem passado minha querida? -- perguntou acendendo o cigarro

Fiquei em silencio segurando as malditas lembranças. Ivy se aproximou e sentou ao lado de Gi com um largo sorriso no rosto. Quero saber como, quero perguntar, mas não confio na minha própria voz.

-- Deve estar se perguntando como, certo? -- diz Ivy inclinada -- É tão interessante, mas deixarei Gi ter a honra de contar, afinal, é um reencontro lindo de tia e sobrinha -- sorriu e atenção de Gi se voltou para mim -- Só quero agradecer, foi graças a você que eu a encontrei -- segurou o braço da mulher ao lado

-- Sim, graças a você! -- diz Gi me olhando -- Que ironia, não acha? -- sorriu -- Lá estava eu na prisão, faz anos Lisa, talvez você não perceba, mas eu percebi. Foram os piores anos da minha vida e graças a você --

Guardiã |ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora