•capítulo 23•

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|HENRY MONTESSORI|

Confesso que a ideia de ser pai já se passou pela minha cabeça, mas não tão cedo.

Nossos amigos se despediram de nós, disseram que nós dois precisávamos conversar a sós, e agradeço mentalmente a isso.

Durante todo o trajeto de volta pra casa, Liz ficou quieta. E assim que chegamos, ela foi pro meu quarto e deitou na cama de costas pra porta. Fiquei encostado no batente até ouvir ela chorar baixinho, caminho em sua direção e me deito a abraçando por trás.

-Precisa de alguma coisa? - perguntei e ela negou - Quer conversar? - ela assentiu - Tá bom, sobre o que você quer falar?

-Eu não sei. - respondeu baixinho, sua voz estava trêmula.

-Você quer falar sobre o bebê? - ela assentiu novamente - Você sabe o que eu acho, vou te apoiar em qualquer decisão. - novamente, ela balançou a cabeça em afirmação.

Ficamos um tempo em silêncio até ela se virar e ficar me olhando no fundo dos meus olhos.

-Eu não sei o que fazer, eu to confusa. Não sei se quero ter esse filho ou se quero abortar. Tenho medo de tomar a decisão errada e me arrepender. - meus olhos estavam marejados, mas Liz chorava muito - E se eu escolher ter o bebê e não ser uma boa mãe? Ou, e se eu abortar e me arrepender depois?

-Linda, você tem tempo de sobra. Não adianta tentar tomar uma decisão precipitada, pensa bem, antes de qualquer coisa. Eu já falei, mas vou repetir quantas vezes precisar, até entrar na sua cabeça que você não tá sozinha. Você tem a mim, a Rachel, a Amy, Dylan e o Jasper. Todos nós estamos com você, te apoiando. Tudo bem?

-Acho que posso tentar. - ela diz, quase num sussurro. Tão baixo, que se não fosse por nossa proximidade, eu não escutaria.

-Tem certeza?

-Uhum.

-Pensa um pouco mais, agora descansa, sei que a cama do hospital não é tão boa... - ela da um sorriso fraco e deita sua cabeça em meu ombro.

Preciso admitir que uma parte de mim se ascendeu em felicidade ao ouvir que ela pensa em ter o bebê. Não seria tão ruim, certo? Por mais que nós não tenhamos uma relação estabilizada, eu amo a Liz, e seria capaz de assumi-la como minha namorada pro mundo iodo se fosse preciso. E não digo só pelo bebê.

Ela ainda estava acordada, conseguia ouvir ela soluçar por conta do choro, sua respiração ainda estava um pouco acelerada.

-Você sabe que eu te amo muito, não é? - perguntei, ela concordou - Sabe que você é a pessoa mais importante pra mim que existe nesse mundo? E que agora vocês são minha prioridade? Que eu faria qualquer coisa por vocês? - minha mão desceu pra sua barriga, fazendo um carinho leve. Talvez eu esteja apressando demais as coisas, mas preciso dizer antes que seja arde - Eu te amo Liz, te amo de uma maneira inexplicável. Eu nunca vou desistir de você.

Ela riu de leve e levantou seu olhar até mim.

-Por que isso do nada? - perguntou e eu sorri.

-Não sei, mas acho que funcionou. Consegui fazer você sorrir. - disse fazendo carinho em seu rosto.

-Eu também te amo, muito. - ela me olhou por segundos e deitou sua cabeça de volta no meu peitoral.

-Não acho que você seria uma mãe ruim. - falei lembrando do que ela disse mais cedo.

-Que Bom, por que eu acho que você seria péssimo. - brincou.

-Ei! Eu seria um ótimo pai! - falei rindo e ela riu também.

Era impressionante como a gente conseguia amenizar a tensão mesmo em um momento "difícil".

Sua respiração ficava cada vez mais calma, até ela cair no sono. Com cuidado, me levanto e pego as chaves do carro. Deixo um bilhetinho na geladeira avisando que sai mas que voltaria logo.

Saio indo até o mercado, compro o que precisávamos pra casa e volto pro apartamento.

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cadelinha desses dois pqp

foi pequeno, mas queria mostrar esse momento de chamego dos dois

eu tô amando o Henry papai
enfim, desculpa qualquer erro

XOXO

Amizade ColoridaOnde histórias criam vida. Descubra agora