•capítulo 28•

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|LIZ MULLER|

-Liz, vamos logo, o Uber já tá lá embaixo! - Henry gritou da sala.

-Calma aí, tô procurando meu casaco! - grito de volta.

-Sabe que tá indo pro Brasil em época de calor né? Quer fritar ou o que? - perguntou irônico.

-Cala a porra da boca e me deixa arrumar minha mala do jeito que eu bem entender! - grito de volta e escutando sua risada em seguida.

Quando acho meu casaco, pego minha bolsa e vou pra sala. Encontro Henry pegando as malas do chão.

-Deixa eu te ajudar. - peço tentando puxar uma mala.

-Nem pensar, eu levo. Você já carrega uma criança na barriga. - diz e eu rio.

-Henry, pelo amor de deus, essa criança deve ter o tamanho de uma semente.

-Não importa, eu levo as malas. Sem discussão. Vamos logo. - disse apontando com a cabeça pra porta.

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Entramos no avião e nos acomodamos nos nossos lugares.

-Uh, temos filmes. - digo animada esfregando uma mão na outra Henry ri me olhando - O que vamos ver?

-O que você quiser. - diz ainda me olhando com um sorriso. O olho de volta com o cenho franzido, mas sorrindo também.

-Por que tá me olhando assim? - pergunto, ele segura minha mão e a beija.

-É só que... Não parece real, sabe? Ainda não acredito que nós dois estamos namorando, que estamos morando juntos, que eu vou ser pai...

-Bom, se te ajuda, sim, eu sou real. Nosso namoro, nosso bebê, nosso apartamento... tudo é real! - falo.

-Com licença, gostariam de beber ou comer algo? - a aeromoça pergunta.

-Sim! - respondo olhando o pequeno cardápio em minhas mãos - Vou querer um sanduíche de presunto e mussarela, cinco pães de queijo pequenos, uma torta de morango, um croissant de chocolate, uma coca grande e um café com leite. E você? - pergunto voltando meu olhar a Henry. Os dois me olham com as sobrancelhas arqueadas.

-Linda, consegue mesmo comer isso tudo sozinha? - ele pergunta rindo de leve. O encaro com os olhos cerrados, Henry assente rapidamente engolindo seco e volta a olhar a aeromoça - Pra mim vai ser só um suco de laranja e um croissant.

-Ok... Volto já. - ela sai ainda com os olhos arregalados.

-É melhor ficar quieto! - digo vendo Henry abrindo a boca pra falar algo a respeito do que eu como.

-Tudo bem... - diz voltando sua atenção a pequena tela em nossa frente, tinha escolhido As Branquelas pra assistir.

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São oito horas da manhã, finalmente, acabamos de chegar em solo brasileiro. Pegamos nossas malas e saímos da área do desembarque. Passei os olhos pela multidão procurando meu irmão, o vi em pé, perto de uma pilastra e com as mãos no bolso. Gabriel sorriu assim que nos vê, corro até ele e o abraço forte. Seus braços me apertam fazendo-me levantar do chão.

-Eu estava com saudades de você! - ele diz me soltando e cumprimentando Henry - E aí, como vocês estão?

-Estamos bem, e a Sophia? - Henry perguntou.

Amizade ColoridaOnde histórias criam vida. Descubra agora