•capítulo 33•

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|HENRY MONTESSORI|

-Pronta? - pergunto a olhando arrumar o cabelo na frente do espelho.

-Acho que sim. - Liz soltou um suspiro e encarou meu reflexo. Fui até ela a abraçando por trás e beijando seu pescoço tentando reconforta-la.

-Vai ficar tudo bem, meu amor, fica tranquila. Nós vamos almoçar e depois vamos conversar com eles e contar sobre a gravidez. Eles vão entender, eles precisam entender...

-E se der merda? Se eles não aceitarem nós dois vamos estar ferrados, não conseguiríamos cuidar de uma criança só com o dinheiro do estágio e dos ensaios que eu faço. - ela se soltou de mim e foi até a cama se sentando nela.

-Linda, olha pra mim. - vou em sua direção e puxo seu queixo releve pra que ela me olhe - São os meus pais, eles nunca seriam capaz de fazer algo assim, nunca! Eu conheço eles, sei que essa ideia nem passaria pela cabeça dos meus pais.

-Como você consegue ficar tão tranquilo? - perguntou me olhando, como se tentasse me entender.

-Amor... Eu não tô nem um pouco tranquilo, pra falar a verdade, eu tô surtando tanto quanto você. Mas entendo que agora não é o momento pra se desesperar. - ela assente ainda pensativa - Agora vamos, antes que a gente se atrase e que eu apanhe da minha mãe.

Ela riu e se levantou, pegou sua bolsa e veio até mim me dando a mão. Descemos no elevador e fomos até o carro.

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Minhas mãos suavam frio, durante todo o trajeto, me mantive quieta enquanto respirava profundamente tentando me acalmar.

Henry também ficou em silêncio, e eu agradeço mentalmente por isso. Não conseguiria fingir uma conversa normal agora.

Assim que paramos na frente da casa dele, encarei a fachada da casa que eu estava tão acostumada a ver desde a minha infância.

-É agora ou daqui oito meses, quer mesmo fazer isso? - perguntou me analisando.

-É o certo. - respondi, ainda observando a casa.

Saímos do carro e tocamos a campainha. A mãe de Henry abriu a porta e deu um sorriso largo ao nos ver, arqueou as sobrancelhas e encarou Henry.

-Lembrou que tem mãe, bobão? - perguntou brincando e nos dando passagem pra entrar, carinho entre família né?!

-Mãe, a gente veio aqui não faz nem três dias! - Henry a lembrou, lhe dando um beijo na testa e entrando ainda de mãos dadas comigo.

-Você morava aqui, quer que eu faça oque se eu sinto saudades de te infernizar? - gargalhamos.

-Pode deixar, eu faço esse trabalho pra você. - falei, Henry me olhou com uma cara de "É sério isso?"

-As duas vão mesmo se juntar contra mim? Vou atrás do meu pai, ele vai ficar do meu lado. - Henry disse indo em direção ao escritório de seu pai.

-É claro que ele vai, os dois são bocós. - minha sogra brincou novamente - Não sei nem porque eu casei com ele...

Assim que Henry não estava mais na sala, a mulher veio até mim e me deu um abraço apertado.

-Ô minha querida, como você tá? As coisas em Toronto estão indo bem? - perguntou me soltando do abraço e acariciando meu rosto.

-Tudo bem sim! - tirando o fato de que você vai ser avó com quarenta e dois anos - A cidade é linda, tenho que admitir!

-Que bom, eu e Sérgio estávamos planejando uma viagem pra lá. Talvez daqui a um mês, queríamos ficar por no máximo uma semana no Canadá e aí voltar pro Brasil, a empresa não pode ficar "sozinha" por muito tempo.

-Vai ser bom ter vocês lá com a gente, vocês vão amar Toronto. Sério, a cidade é incrível!

-Bom, vou colocar o almoço na mesa, pode ir chamando os dois por favor? - perguntou, com um sorriso simpático.

-Claro, estou morrendo de fome, eu e Henry acordamos tarde hoje é nem chegamos a tomar café da manhã. - comento.

A mãe de Henry sai em direção à cozinha, vou até o escritório e bato na porta antes de abri-la.

-Ora ora ora, achei que não viria me cumprimentar! - seu Sérgio brincou se levantando da poltrona.

-Eu não sou nem louca de fazer isso com você tio! - ri e o abracei - Estava com saudades.

-Eu também, menina, eu também! - falou ainda me apertando. O pai de Henry sempre me chamou assim, "menina", não sei o por quê, mas acabei me acostumando.

Eu e Sérgio sempre tivemos uma conexão muito forte, ele é como um segundo pai pra mim. É uma pessoa incrível, que eu amo demais.

-O senhor não fez isso comigo quando eu cheguei, deveria me sentir ofendido? - Henry dramatizou.

-Sim, eu prefiro ela. - o pai brincou também, fazendo Henry o olhar incrédulo. Gargalhei e fiz um toque com ele.

-Vamos comer que eu tenho certeza que minha mãe me prefere, mil vezes mais! - mudou de assunto pegando em minha mão e me puxando pra fora do escritório.

Chegando na sala de jantar, a mesa já estava posta, com risoto de filé mignon e macarrão ao molho branco. Chique!

Sento ao lado de Henry, de frente para os seus pais, e começo a me servir.

Eles estavam em uma conversa descontraída e desconexa, mas eu não estava prestando atenção.

Percebo que minha mãos começaram a suar, meu corpo se arrepiou ao lembrar de que nós contaríamos sobre a gravidez.

O moreno ao meu lado me olhou percebendo meu nervosismo e segurou minha mão, a apertando e fazendo um carinho com o polegar. Sorriu e beijou meu pescoço de
leve, como tentativa de conforto.

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Já tínhamos acabo de comer a sobremesa quando meu namorado me olhou, como se pedisse permissão pra tocar no assunto.

Abaixei meu olhar antes de voltar a encara-lo e assentir engolindo seco.

-Nós precisamos conversar, sério. - ele diz, seus pais nos olharam meio apreensivos, notando o tom sério de Henry, e assentiram.

-Está tudo bem, meu filho? - sua mãe perguntou.

-Não é nada muito grave mãe, nós estamos bem. - a mulher assentiu ainda o olhando desconfiada.

-Antes de qualquer coisa, nós precisamos ter a certeza de que vocês não vão se apavorar. Aconteceu, e não podemos fazer quase nada. - falei e, novamente, eles concordaram.

-Bom... - Henry voltou a falar.

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eita porra agr fudeu tudo mesmo

viram q eu mudei a capa? tá um cu, mas dps vou fazer uma melhorzinha👍🏻

prometo não demorar tanto, até a próxima❤️✨

Amizade ColoridaOnde histórias criam vida. Descubra agora