17 - Sacrifícios

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ELLE

Acordo assustada com o barulho dos alarmes tocando e passos apressados nos corredores. O caos havia se instalado. Levanto-me rápido e corro em direção a porta, dando de cara com várias pessoas correndo.

– Vamos rápido! – Chama Megs alarmada. – Para a saída de emergência!

Sigo-a para a direção oposta ao elevador onde as pessoas se aglomeravam para subir pela escada.

– O que está acontecendo? – Pergunto a ela.

– Eu não sei, foi um barulho muito alto. Parecia uma bomba. – Comenta.

Fico paralisada por alguns segundos encarando a escada.

"Saiba que a cada dois dias que você não se entregar, novos bombardeios acontecerão". Não aconteceu na ilha. Foi aqui.

Ele nos achou.

– O que foi? – Ela pergunta. – Que cara é essa?

– De onde veio o barulho? – Pergunto.

– Veio de um dos andares debaixo. – Ela diz. – O elevador parou e a energia de alguns pontos do lugar caiu.

– Onde está a Mia? – Pergunto.

– Não a vi ainda.

Subimos as escadas em direção à área principal, correndo o mais rápido que o espaço apertado nos permitia. Ao chegar aqui em cima, vejo alguns soldados aglomerados na área do elevador. Um deles sai de lá carregando uma mulher de cabelos escuros no colo, desacordada.

Era a Mia.

O soldado a coloca em uma maca improvisada no chão do pátio, e começa a examiná-la.

– Yani! – Chamo um dos soldados de elite da liga que eu conhecia. – O que houve aqui? – Aproximo-me do grupo que estava ajudando no elevador.

– Uma explosão na área médica. – Ele diz. – Não se sabe ainda quantos mortos e feridos temos. – Ele aponta para Mia que estava sendo socorrida por um dos soldados do formigueiro. – Ela não está morta. Nós a encontramos junto ao General e presa no elevador que despencou do andar da área médica até o ultimo andar no subsolo.

– Saiam da frente! – Gritou Issacar para que déssemos passagem. Dois soldados apanharam Aser que também estava desacordado e o levou para perto de onde Mia estava.

Issacar olha para mim e sinto um resquício de raiva em seu rosto.

– Se depois disso você não se entregar, eu estrego você! – Diz rispidamente, voltando ao trabalho logo em seguida. O soldado que estava perto e ouviu a conversa me olha de relance com o mesmo tom sombrio.

Afasto-me dali.

No fundo eu sabia que o que Issacar disse, era o que todos os que sabiam das condições de Matthew estavam pensando agora.

– Ellena! – Grita a minha mãe, que havia acabado de sair da sala das escadas.

Ela corre até mim.

– Mãe. – Abraço-a. – Vai ficar tudo bem. – Digo tentando acalmá-la.

– Onde está o Mark? – Ela pergunta ansiosa.

– Eu não sei, ainda não o vi, mas já deve estar subindo. – Digo passando meus dedos pelos seus cabelos.

– Ele foi para a área médica hoje à tarde, visitar a Alysson!

O RegressoOnde histórias criam vida. Descubra agora