12 - Não Posso Fugir

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– Nós precisamos de um plano. Alguns de vocês estão aqui para substituir os soldados de elite que morreram. – Diz Mia em pé atrás da mesa junta com Aser, dirigindo-se aos vinte soldados na sala. Megan também havia sido chamada por causa de suas capacidades de estratégia. Eric e Katy também estavam aqui substituindo os que morreram. – Como já devem saber, recentemente aconteceram ataques à Ilha orquestrados pelo governador. Antes das explosões ele fez um discurso. – Mia reproduz o vídeo na tela da sala.

Enquanto todos pareciam estar com os olhos vidrados na tela, eu desvio o olhar e começo a tentar focar a minha atenção em qualquer outra coisa na sala. Não queria assistir aquilo de novo.

"Ellena..."

Assim que Matthew menciona o meu nome, alguns olhares se viram para mim discretamente. Eu tentava manter a expressão neutra e ignorar alguns murmúrios. Megan, há cerca de um metro de mim, me lança um olhar complacente. Quando o vídeo é encerrado, um silêncio na sala é gerado pela tensão do vídeo.

– Como podem ver... Precisamos de um plano. – Mia continua. – E se possível um que possa ser realizado em um prazo de trinta e seis horas.

– Mandamos ela com uma escuta. – Opina um dos soldados que estavam ali completando o grupo, apontando para mim. – Dessa forma excluímos o problema das bombas na ilha.

– Por que você não vai pra lá com uma escuta? – Eric rebate com um tom grosseiro.

– Ninguém vai ser entregue ao governador! – Mia interrompe. – Nós já passamos dessa fase! Não negociamos pessoas! O governador já tomou membros demais dessa liga e não vai ter mais nenhum de nós!

– Por que não atacamos de volta? – Pergunta Megan.

– E essa é a garota esperta que você mencionou? – Bufa um dos soldados de elite, caçoando de Megan.

– Não com armas, com alguma estratégia. – Responde ela, ignorando o comentário. – Vocês tem o vídeo não tem? Diga que o ele será lançado na internet se outro ataque acontecer. O governador Sanz, de forma impensada, se expôs no vídeo. Ele não pode negar nossas acusações quando ele claramente aparece discursando.

– Boa ideia! – Mia sorri. O soldado que antes havia caçoado de Megan dá de ombros. – Mas como vamos o fazer saber disso?

– Vamos para um lugar bem longe daqui e fazemos uma chamada de vídeo através de um aparelho novo, assim ele não conseguirá rastrear de onde viemos. – Aser dá a ideia.

– Ótimo! – Mia assente, surpresa com a participação dele. – Tem algum lugar em mente?

Ele pensa um pouco.

– Tem uma caverna no topo da montanha na área leste da Republica do Norte. – Ele diz. – Acho que vai ser melhor se sairmos do país para não deixar pistas.

Mia olha para ele.

– Sairmos? – Pergunta. – Você vai junto?

Ele pensar um pouco antes de confirmar.

– Ainda não vou envolver o meu exército nisso, mas irei com vocês. Liberarei o helicóptero para nos levar até lá.

Mia sorri para Aser e em seguida se vira para onde Megan e eu estávamos.

– Consegue calcular as chances de isso dar certo? – Ela sussurra, perguntando a Megan, que pensa por alguns segundos, e me olha com um olhar de "devo falar se não for bom?". Eu conhecia aquele olhar de quando as pessoas pediam esse tipo de calculo a ela, quando alguém perguntava as chances de um ente querido morrer após uma cirurgia, as chances de encontrar uma criança desaparecida há muito tempo... A habilidade de Megan, às vezes, era como uma maldição. O demasiado conhecimento acaba sendo um fardo.

O RegressoOnde histórias criam vida. Descubra agora