36 - Livre

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ELLE

Vão! – Mia grita antes de eu subir nas costas de Tony e sairmos quase que voando pela sala. Entrarmos no elevador, apesar de eu julgar ser mais rápido irmos pelas escadas.

– Você e o Eric chegaram juntos no salão... – Comenta Tony. – Achei que ele tivesse ido embora. – Noto uma pontada de ciúme reprimido em suas palavras. Agora faz sentido termos descido pelo elevador.

– Ele veio ajudar a liga. Acabamos nos esbarrando no meio do palácio quando eu fui até o quarto da Srta. Leger para ver se estava tudo bem. – Decido excluir a informação do que aconteceu enquanto eu estava lá. Olho de relance para as minhas mãos que ainda tinham manchas do sangue do agente que eu matei.

– O primeiro nome da Srta. Leger é Vanessa? – Pergunta ele.

– Como sabe?

– A vi algumas vezes enquanto estava preso aqui. Ela era... Como posso dizer? A companheira do Sanz. Companheira... Romântica, eu acho. Mas ela não parecia muito feliz com isso.

De repente tudo fez sentido. O tom sombrio do bilhete, a ação drástica de se atirar pela janela, a conversa sobre estar solitária... Sinto um nó no estomago. A realidade que ela poderia estar vivendo nunca passou pela minha cabeça.

– Ela me ajudou algumas vezes enquanto eu estava aqui, me dando comida escondida dos agentes. – Continua. – Como se conheceram?

– Ah. Ela era minha professora particular. É uma longa história. – Digo. – Mas ela não estava lá no quarto quando cheguei. – Meu tom de voz soou melancólico.

As portas do elevador se abrem em um corredor escuro. Subo nas costas do Tony de novo.

– Megan? – Chamo no comunicador.

"Desçam as escadas e virem à esquerda, é a única porta."

– OK.

Quando chegamos ao corredor, avistamos a porta de ferro com uma espécie de leitor digital e umas teclas para digitar a senha.

– Sabe a senha? – Pergunto a Megan.

"0230320200" Digito a senha enquanto ela fala. O aparelho a rejeita.

– Não é essa!

"Como não?" Ela parecia assustada. "Ah, espere um pouco! O primeiro zero era uma mancha de gota de chocolate."

– Você está comendo enquanto trabalha? – Brigo com ela.

"É claro! Toda essa adrenalina me deixa com fome." Sorrio e digito de novo a senha. A porta se abre. Dois agentes que estavam infiltrados ali dentro nos atacam e nós revidamos acerto o peito de um deles com um chute, e enquanto ele se desequilibra eu seguro o seu pescoço e o quebro.

– Argh! – Tony geme de dor. Um agente tinha acertado um tiro de raspão em seu braço. – Mas que merda.

– Você está bem? – Pergunto.

– Estou. – Ele diz. – Já senti dores piores.

Suspiro e dou um sorrisinho.

O aparelho de sinal ficava dentro de uma cabine fechada por outra porta com tranca por senha.

– O que temos que fazer? – Pergunto no microfone.

"Desabilitar a máquina." Mia responde. "O jeito mais fácil é quebrando o aparelho." Olho para a máquina em formato de caixa retangular através do vidro.

O RegressoOnde histórias criam vida. Descubra agora