39 - Justo para Governar

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MIA

No dia seguinte, ao meio dia, centenas de pessoas estavam no pátio do palácio para assistir a cerimônia de posse do novo governador. O carro oficial entra pelo portão do palácio. Ele carregava Aser, que acenava para o povo que estava ali como uma estrela da música aclamada pelo público. O motorista estaciona e Aser desce do carro. Ele sobe as escadarias do palácio parando no ultimo degrau. Issacar e eu, como chefes do exército ficamos ao lado dos conselheiros.

Aser ajoelha perante o conselheiro ancião, que era o mais velho de todos e o que havia falado durante a transmissão. O conselheiro lava as mãos cerimonialmente e em seguida estende as estende sobre Aser.

– Vossa majestade, que em sua mente seja sábio e justo, para governar. Que em seu falar haja verdade, e em seu agir bondade e lealdade. Mas acima de tudo, que seja puro o seu coração. – Diz o ancião pronunciando as palavras cerimonialmente.

Em seguida Aser levanta o rosto que antes estava abaixado e põe a mão direita no peito, ainda ajoelhado diante dele.

– Eu juro pela minha vida que serei sábio e justo para governar. Que em meu falar sempre haverá verdade e em meu agir bondade e lealdade. Juro manter meu coração puro, para que minhas ações sejam boas. – Aser responde cerimonialmente. – Eu juro, diante de Deus e diante dos homens. Diante dos céus e também da terra que honrarei as minhas palavras e cumprirei os votos que acabo de fazer.

Assim que Aser termina de falar, o ancião derrama um pouco do óleo sobre a sua cabeça. Em seguida, o sobretudo do governador é passado a ele por um dos soldados. O ancião o coloca em Aser, que se levanta e se vira para o povo apresentando-se como o novo governador.

– Vida longa ao governador! – Grita o ancião.

"Vida longa ao governador!" Todos entoam.

...

Depois da cerimônia, Aser deu um banquete a todos que estavam ali. Chefes de Estado, chefes do Exército e líderes mundiais vieram saudar o novo governador. O salão de festas do palácio estava lotado de gente arrumada em pé conversando e garçons passando o tempo todo com aperitivos, taças de vinho e champanhe. Coloquei um vestido preto, formal, com as mangas caídas nos ombros e uma fenda até a coxa que deixava minhas pernas à mostra. Eu não usava um salto alto desde Sebras. Pensei que a formalidade da noite exigisse um sapato elegante. Mas acho que usar isso nunca deixaria de ser desconfortável.

– Parabéns Governador Volant. – O rei Khasi, de Sebras dá os parabéns a Aser abraçando-o.

– Obrigado Rob... Rei Khasi. – Aser se conserta. – Tenho que aprender a me referir a você de forma diplomática agora.

– Deixe essas formalidades para as reuniões, rapaz. – Ele dá um soquinho em Aser. – Quero que saiba que se precisar de qualquer coisa pode contar comigo. – O rei levanta a taça propondo um brinde.

– Eu já sabia disso. – Diz Aser com um sorriso, tocando de leve a sua taça na dele.

Aproximo-me. Ao me vê chegando ele pede licença ao rei Khasi e vem até mim.

– Senhorita Hayash, está bonita esta noite. – Ele diz.

– O senhor também, governador. – Digo com um sorriso. Aser vestia o sobretudo branco.

– Ah, por favor, não. – Ele balança a cabeça, constrangido.

– Agora terá que se acostumar a ser chamado assim. Não quero colocar pressão, mas... É o homem mais poderoso do mundo.

O RegressoOnde histórias criam vida. Descubra agora