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Ao entrarmos na casa, tudo parecia simples demais. A sala possuía uma mesa de madeira com seis cadeiras, e uma máquina de comida velha e enferrujada. O homem nos levou até um quarto onde tinha duas camas e um armário. Ele faz um sinal para pararmos e abre à porta do armário, ele digita algo numa tela pequena que faz com que a parede se abra revelando uma sala com um elevador.
Um andar subterrâneo... É claro.
O elevador tinha um grande espaço e couberam facilmente todos os soldados dentro dele. Passamos uns cinco segundos de silencio, e podia jurar que vi um dos soldados deles futucando o nariz.
Quando as portas se abrem, saímos em um lugar bem semelhante à liga, porém muito maior. O subterrâneo da casa quase imitava o ambiente externo, havia uma grande árvore no meio do pátio, e luz solar artificial. Calçadas de concreto formavam um corredor nas duas extremidades do local, onde ficavam as salas e duas passarelas de concreto ligava as duas extremidades, à frente a trás da grande árvore. Na grama que ocupava o resto do pátio, crianças brincavam enquanto outros sentavam e conversavam. Se alguém passasse bastante tempo aqui provavelmente esqueceria que estava debaixo da terra. As pessoas usavam camisas apenas nas cores branca, amarela, verde, vermelha, preta, azul.
Continuamos andando pelas calçadas até chegar a um corredor nos fundos com uma porta especifica. Ao chegarmos em frente a ela o homem bate a porta numa espécie de código. 2...1...3. E em seguida a porta é destravada e ele entra.
– General, o senhor tem visita. – Anuncia o homem ao entrar na sala. Esse momento me fez lembrar a primeira vez em que vi o meu pai, Mia agiu da mesma forma que o homem faz ao anunciar nossa chegada. – Vieram da Ilha, e a filha de Thomas Volant está com eles.
Há um momento de silencio antes da resposta de Aser.
– Deixe-os entrar. – Respondeu Aser. O som da sua voz era não trazia medo, suas palavras soavam firmes. Talvez a tonalidade na voz seja algo comum entre os líderes de ligas secretas.
O homem volta até nós e abre a porta para entrarmos. A sala de Aser era muito mais luxuosa que a do meu pai. As paredes tinham revestimento de uma madeira escura, e havia um lustre no centro do teto da sala. O chão era revestido com um carpete e Aser se sentava numa poltrona que parecia bem confortável atrás de sua mesa. Noto que o lado esquerdo da sala tinha uma porta que provavelmente dava para o seu quarto, e à direita um conjunto de sofás para recepção.
Aser é um homem bonito, mas se parece pouco com Matthew. Sua pele é bronzeada, seus cabelos eram castanhos escuros ao invés de loiros, e uma barba rala maquiava o seu rosto. Mas os traços de seu rosto, como leves rugas nos cantos dos olhos, e uma sobrancelha grossa lembravam a aparência do seu pai. Ele vestia camiseta azul escura e calça preta.
– Obrigado Zatu. – Diz ele se referindo ao homem que nos trouxe e que provavelmente era meio robô. Ele faz uma reverencia e se afasta um pouco de nós para ficar nos observando do canto da sala.
Aser se levanta de sua cadeira, dando a volta na mesa e para a nossa frente, em seguida se vira para mim.
– Você deve ser a filha de Thomas Volant. – Ele diz e eu aceno um sim. – Você se parece com ele. Guardo boas lembranças do seu pai. – Ele me observa.
Em seguida ele se vira para o resto de nós na sala.
– Por que estão aqui? – Pergunta.
– A liga está com problemas. – Diz Mia. – Thomas escreveu sobre você no diário dele, e disse que você o ajudou a fundar a liga...
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O Regresso
Ciencia Ficción(Continuação do livro "Os Exilados") Após os conflitos dentro do Palácio, Ellena retorna à Ilha com a ajuda de Mia e outros membros do exército dos Exilados. Sem um disfarce e no centro dos holofotes do mundo inteiro, a Liga dos Exilados precisa dar...