Capítulo 49

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As vezes eu fico impressionado no rumo em que a minha vida deu uma guinada. Há algum tempo eu vivia tocando no porão da casa do Breno, e sonhava que talvez um dia tudo daria certo e eu teria a nossa música sendo escutada por milhares de pessoas e isso aconteceu.

Chegamos em primeiro lugar nas plataformas digitais e nas rádios, nosso videoclipe contava com mais de 50 milhões de visualização e nosso álbum já estava em segundo lugar dos mais vendidos, só perdíamos para um cantor sertanejo.

Mesmo com todas as vezes que eu pensei em desistir eu olho agora e vejo tudo dando certo, parece que finalmente algo se encaixou na minha vida e mesmo com todas as estáticas me dizendo que eu não iria conseguir, olha pra mim agora.

E a todas as vezes que eu tocava escondido e fazia as aulas de guitarra escondido, mesmo que pra isso eu precisou de várias brigas com o meu pai, sim valeu a pena.

E talvez se eu não lutasse e não acreditasse em mim, nada disso seria possível.

E com todo esse sucesso da banda podemos dizer que daqui a uma semana a gente estaria iniciando a nossa primeira turnê pelo Brasil, e o nosso primeiro show séria no Rio na nossa cidade em uma das casas de shows mais famosas, numa lotação de 240 mil pessoas e já tinha esgotado todos os ingressos de forma rápida.

A gente vivia de ensaio, passagem de som, tudo estava calculado pensado assim como os nossos figurinos que foi totalmente feito e desenhado pela minha irmã.

A vida estava uma correria e desde que eu fui morar perto do Studio com a banda, que não ia visitar a minha irmã e ficava difícil de estar presente na sua gravidez.

Mas eu tentava recompensar com ligação e chamadas de vídeos e também presentes.

– Será que ela vai gostar desse? – Ivy pergunta pela décima vez, olhando um carrinho de bebê. – Olha já é a décima loja que a gente entra. – Ela resmunga sem paciência.

– Sei lá, eu só achei esses carrinhos muito sem graça.

– É óbvio não é como se fosse um carro zero.

– Pro meu sobrinho é o primeiro carro dele.

– Aí Danilo, ele nem vai ficar com o carrinho pro resto da vida.

Eu já tinha perdido as contas de quantas sessões de criança eu já tinha andado por aquele shopping atrás de um carrinho de bebê para o meu sobrinho, já que eu queria fazer essa surpresa pra Isabella e o André.

O problema é que eu sou péssimo em escolher qualquer coisa relacionado a criança, aliás eu nunca tive essa vivência com bebês e pela primeira vez eu estou tendo e está sendo engraçado.

Desde que as coisas melhoram e deram uma guinada com a galera da banda, o meu dinheiro tem sido investido todo no Bruno, ele já tinha um berço, uma pista de carrinho, uma mini guitarra de brinquedo, e eu nem preciso dizer o quanto a Isabella ficava irritada com essa chuva de presente já que ela cismou que não queria acostumar a criança com brinquedo barulhento.

– Ivy para de reclamar, você só está aqui porque a Paola está em São Paulo. – Brinco e minha amiga me olha como se eu tivesse acabado de falar um absurdo.

– Eu vim na boa vontade olha só e ainda descubro que sou a segunda opção.

– Olha que maneiro. – Finalmente eu tinha avistado um carrinho bem convicente.

Isabella provavelmente iria pirar quando visse mas eu nem ligava.

O carrinho era normal como todo o carrinho de bebê, mas logo na frente ele tinha o formado da entrada de uma moto na cor laranja e preto.

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