Na maioria das vezes o único prêmio que a gente precisa é aquele nos faz bem, que vem lá do nosso interior, porque talvez perder, não significa que acabou e você precisa desistir, pare e pense se realmente não era pra ser, ou simplesmente esse não era o seu verdeiro prêmio.
Eu não ganhei a semana literária, mesmo depois de ter sido aplaudida de pé e admito que é incontestável que a Aline Braga mereceu aquele prêmio e com isso ganhou o tal sonhado prêmio de assinar com editora.
Eu fiquei feliz, fiquei entre os cincos e consegui a viagem e a nota para as matérias que precisava então estava tudo no seguindo o seu verdadeiro eixo.
O orgulho me invadia e me deixava feliz. Eu assumi o controle da minha vida depois de muito tempo, superei os meus medos e as minhas inseguranças e agora nada me para.
Ao contrário do que eu pensava, eu virei a sensação da universidade, muitos alunos paravam pra conversar comigo e queriam saber cada vez mais de mim, o que me deixava feliz.
Até os comentários negativos já não faziam mais o mesmo efeito que antes fazia porque agora eu acreditava no que eu faço.
Eu estava tão animada para sair do país que já tinha feito algumas compras com a Marina, mesmo sendo daqui alguns meses que eu vou finalmente conhecer os campos de Yale, eu estava tão eufórica porque a gente poderia conhecer diversos escritores, além de conhecer alguns professores de literatura e até mesmo participar de algumas aulas. Então eu entrei na aula de inglês pelo EAD, mesmo que eu tivesse pouco tempo pra aprender e pelo menos o básico eu acho que teria.
Mas por enquanto eu estava de férias da faculdade mesmo com o estágio ainda funcionando e as aulas de inglês, nos momentos que eu me dedicava a escola eu tiro um tempo pra mim, como por exemplo eu voltei a ler, que era algo que eu não fazia por falta de tempo já que a faculdade roubava bastante das minhas vinte e quatro horas.
E aproveitando esse momento que eu me encontro agora, mudo um pouco o meu repertório de drama adolescente para um livro bastante antigo da Jane Austen. Já que eu gostei tanto de orgulho preconceito por conta da peça que a minha irmã fez e eu tive que acabar lendo decidi continuar com os livros da Jane e escolhi o Emma, já que a premissa me interessou.
Depois de tanto buscar em livrarias e não achar, eu finalmente consegui comprar pela internet.
Eu me identificava um pouco com Emma em alguns momentos. Ela tomava conta muito dos outros que as vezes parecia até ser esquecer um pouco dela. Eu tinha uma relação de amor e ódio com ela por alguns momentos e talvez por isso eu fiquei totalmente presa nessa história.
Tirando esse tempo pra mim eu realmente entendi que eu precisava disso pelos motivos certos e compreendi que ficar sozinha não significa o fim do mundo.
É estranho pensar que eu quase não sentia a falta do Danilo, talvez por saber que a sua vida agora está totalmente agitada e as única vezes que a gente se falava era por mensagem.
A agenda dele estava bem lotada, era entrevistas, shows, programa na rádio. Ainda mais agora que a música deles finalmente tinha chegado na número um das paradas, além do álbum ter pegado o segundo nos mais vendidos.
Era quase impossível de eles não serem conhecidos, todos pareciam escutar e falar sobre a banda ARPU 4.
Sendo assim não foi como se eu tivesse terminado a minha amizade com o Danilo e nem me afastado. A gente deve se vê ainda essa semana já que Isabella estava prestes a inaugurar a sua loja com o Gustavo.
Estava ficando tudo lindo e tudo cara dos meus amigos. Nem preciso dizer que Isabella estava cada vez mais nervosa, querendo que tudo desse certo.
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Querida Eu!
RomanceQuerida eu. Estamos apaixonada. Algo que nunca sentimos antes E não estamos pronta para isso. Acho que estou louca. É intenso, forte e destrutivo. E de repente é você. Que rompe as minhas barreiras. Que balança a minha vida metódica e me faz questio...