Capítulo 17

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Julho, acho que julho é mês mais esperados pelos alunos, depois de dezembro é claro.

Só de imaginar que os sinos das férias estão prestes a tocar, me deixa extasiada.

Eu amo férias, porque é o nosso momento de paz, sem dramas das provas, trabalhos, professores. É o momento onde a gente pode refletir e tirar um descanso, mesmo que a gente volte para o caos 15 dias depois.

— Capitu



Você me surpreendeu Paola – A professora Sônia sorriu, depois de me entregar o meu dez na sua prova.

– Eu devo tudo a você, obrigada por ter acreditado em mim.

– Você se escreveu naquele projeto de estágio né? – Ela perguntou e eu confirmei – Chegou isso aqui hoje – Ela me entregou um envelope, que fez o meu coração palpitar.

Eu mandei e-mail para várias editoras procurando estágio. A professora Sônia me ajudou nessa questão, ela mandou e-mail de recomendação, me ajudou na minha escrita, que a cada dia eu estava vencendo essa barreira da vergonha.

– Eu preciso te falar uma coisa – Ela disse antes de me entregar o envelope – Eu mandei os seus textos da Capitu – Ela falou quase como um sussurro, e eu me espantei.

– Pra onde você mandou os meus textos? – Minhas mãos estavam trêmulas e suadas, era como se o mundo fosse parar a qualquer momento.

– Editora intrínseca.

– Oi, você enlouqueceu é óbvio que eles não vão nem ler o meu trabalho.

– Então abri esse envelope logo. – Sônia ordenou e eu o fiz.

Tive ler várias vezes a resposta positiva que estava escrito naquela carta " gostaríamos de conhecer um pouco mais sobre a sua leitura".

Eu corri e dei um abraço forte na professora Sônia, que ficou meio sem jeito no começo, mas logo retribuiu o abraço.

– Aqui tem algumas informações sobre o estágio. Paola calma, você vai infartar antes do dia – Ela disse rindo.

O estágio seria na parte da tarde, depois das aulas eu teria que ir direto pra lá, a duração seria no máximo até dois anos, o estágio é renumerado, então em casa de faltas não justificadas eu seria descontada.

O meu único problema seria em conciliar o estágio com o meu trabalho, e então eu teria que ter uma conversa com a Sandra e o Luciano. Eu não queria deixar eles nas mãos, depois de tanto eles terem me ajudado.

– Não meu bem, a gente pode dar um jeito, arranja outra pessoa, relaxa. – Sandra me confortou.

– Eu posso ficar aqui durante as férias. – Sugeri.

– Sim, na parte da manhã, até a gente achar outro funcionário. – Luciano disse.

– Se não tiver problema pra você, eu vou dar aulas numa escola aqui perto a tarde, então de manhã isso aqui fica um caos – André disse sugestivo e eu concordei. – Aliás parabéns – Ele disse abrindo os braços, para me confortar num abraço.

Querida Eu!Onde histórias criam vida. Descubra agora