Sei que não sente o mesmo a cada palavra que me diz.
Sei que não sente o mesmo pelo olhar em seus olhos.
- Danilo Boaventura.- Eu não acho que devemos jogar tudo por água abaixo - Yasmim me diz com os seus olhos grandes e claros marejados. - Eu não sei se eu gosto de você desse jeito - Ela fez aspas com as mãos.
Já fazia exatamente duas semanas que eu tinha levado um fora, e aquelas palavras ficava em minha mente a cada minuto. " Eu não sei se eu gosto de você desse jeito", foi o que ela disse antes partir o meu coração em milhões de pedaços.
Eu não lembro exatamente como a minha relação com a Yasmim começou, mas eu sei o exato momento em que ela entrou na minha vida.
Sempre fomos só eu e o Breno contra o mundo e a todos e ninguém mais. Eu o conheço desde dos meus três anos de idade, lá no jardim de infância nessa época onde a gente só dormia e comia.
Meu interesse pela música apareceu cedo também, quando os pais do Breno deram um violão de presente para ele em seu aniversário de sete ano, eu enlouqueci pelo som do instrumento e imediatamente pedi ao meus pais um de presente. Meu pai como sempre repudiou o meu pedido e me disse que esse tipo de "coisa" era perca de tempo, já a minha mãe não disse nada como sempre. Eu não a culpo, o meu pai extremamente mandão, machista e prepotente.
Breno não simpatizou com o violão para a tristeza dos seus pais, já que a tia Antonela e o Jorge são músicos.
Os dois abriram uma loja de música que sempre vive cheia, fora que o Jorge ainda é produtor musical.
O meu pai sempre criticou a vida que os dois levava e dizia que aquilo não era vida. Eu pelo contrário achava um máximo.
Eles não eram ricos, mas sempre deram uma vida boa pro Breno.
Depois de um tempo eu aprendi a tocar violão com a Antonela, durou acerca de uma semana até eu entender todos os acordes, cifras e melodia.
A tia Antonela sempre dizia que eu tinha uma capacidade incrível para a música e então me presenteou com um violão no meu aniversário de oito anos de idade.
É claro que o meu pai não gostou nada e queimou o violão bem na minha frente. Naquele momento eu senti um sentimento horrível, eu chorei bastante aquela noite.
Logo os pais do Breno trataram de me presentear com outro violão, que ficava lá na casa deles.
Com passar dos anos, o Breno se identificou com a bateria e desde então não parava de tocar.
Então quando eu aprendi a tocar a guitarra eu achei o máximo.
O auge da nossa infância foi eu e o Breno fazendo barulho no porão da sua casa, eu na guitarra e ele na bateria.
O problema é que pro Breno esse lance sobre tocar era só diversão, eu não, eu queria viver daquilo, fazer shows lotados, tocar em cada país diferente.
Então foi no quinto ano que nós não fomos só Breno e Danilo.
O Matheus entrou na nossa escola. O garoto parecia nunca ter tido uma cárie com aqueles dentes perfeitos, e fora o cabelo loirinho enroladinho. As meninas pareciam estar encantada por ele, chegava a ser chato a forma de como elas olhavam pra ele.
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Querida Eu!
RomanceQuerida eu. Estamos apaixonada. Algo que nunca sentimos antes E não estamos pronta para isso. Acho que estou louca. É intenso, forte e destrutivo. E de repente é você. Que rompe as minhas barreiras. Que balança a minha vida metódica e me faz questio...