"Não te trago ouro,
Porque ele não entra no céu,
E nenhuma riqueza deste mundo.
Não te trago flores,
Porque elas secam e caem ao chão.
"Te trago" os meus versos simples,
Mas que fiz de coração."— Chimarruts
A morte. Eu nunca tive medo da morte, porque eu sempre a vi como um ciclo da vida, a gente nasce, vive e morre, não tem pra onde correr, é a única certeza que a gente tem.
Mas, quando eu recebi a ligação da minha irmã, com a notícia de que ela tinha encontrado a minha mãe desmaiada na banheira da minha antiga casa, o meu mundo caiu.
A minha irmã correu, ligou pra ambulância, mas nada adiantou. A minha mãe, a mulher da minha vida, estava morta.
Fernanda Bruna, a Minha mãe tirou a sua vida, segundo aos médicos ela se entupiu de remédios, um mais pesado que o outro, sem chance de sobreviver. Ou seja ela queria morrer, ela buscou isso, e por quê?
Eu não chorei, eu não consegui derrubar uma lágrima se quer, ao contrário da minha irmã que estava em prantos. Eu não dormi a noite inteira, precisei de calmantes para poder pegar no sono pelo menos um pouco.
O pessoal não parava de me rodear, perguntando se eu estava bem, se eu estava com fome, se eu precisava de algo, e eu apenas queria ficar sozinho. Paola por exemplo, não saiu do meu lado e do lado da minha irmã uma hora se quer. Matheus e Breno estavam um porre de preocupação e Yasmin chorou, chorou até mais que eu, chorou tanto que tiveram que levá-la pra casa.
Eu estava bem, talvez a ficha ainda não tinha caído, ou eu mentia pra mim.
– Fiz café – A Paola me entregou uma xícara, me obrigando a beber o café. – Você está bem mesmo? – Ela perguntou olhando em meus olhos.
– Estou – Dei de ombros.
– Você sabe que pode conversar comigo – Paola segurou o meu rosto, me envolveu em seus braços com cautela – Por favor Danilo, não me deixe no escuro, eu preciso saber o que você está sentindo.
– Paola eu estou bem. Todo mundo me olha como se eu fosse surtar ou pirar a qualquer momento.
– É estranho, você não chorou, não esboçou nenhuma reação. A sua irmã está um caos, eu acabei de vim de lá, eu nem sei se ela vai conseguir ir no enterro hoje.
– Cada um reage de um jeito.
Tomei o resto do café e decidi não prolongar muito o assunto com a Paola, se eu deixasse eu tenho certeza que ela continuaria falando.
O meu apartamento já estava cheio, os meus amigos e os de Isabella estavam aqui, até a minha vó que chegou hoje cedo, abraçava a Isabella e chorava.
Eu precisava beber, era muito hipocrisia de todos da família da minha mãe. Minha vó por exemplo, viu a minha mãe definhando e mesmo assim insistiu que ela continuasse com o meu pai.
A tia Simone, a irmã da minha mãe, essa eu só sabia quando ela ligava pra pedir dinheiro pra minha mãe. Ou quando estava em alguma furada e a minha mãe ia ajudar elas.
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Querida Eu!
RomanceQuerida eu. Estamos apaixonada. Algo que nunca sentimos antes E não estamos pronta para isso. Acho que estou louca. É intenso, forte e destrutivo. E de repente é você. Que rompe as minhas barreiras. Que balança a minha vida metódica e me faz questio...