Fallen Cupid

Prólogo

Aos dezenove anos, vaguei pela terra na aparência de um mortal. Mesmo que eu gostasse de ser adorado pôr cada um deles, queria viver um dia sem que me pedissem para que eu acertasse flechas em suas respectivas paixões momentâneas. Eu não prevejo o futuro, mas venho a anos acertando flechas que ligam vocês a suas almas gêmeas. Mas não posso determinar que fiquem juntos. Óbvio que não ficarem juntos, acontece raramente, mas os mortais fazem loucuras pôr amor.

Naquela tarde de quinta feira, eu sentia a brisa quente contra a minha pele. Não deveriam ser mais de quatro horas da tarde. A beira do mar localizado em Santorini, sentia a água fria contra meus pés descalços, no primeiro contato meus pelos se arrepiaram, mas logo voltaram ao normal. O sol quente contra minha pele, era reconfortante, como se fosse um abraço de Hélios.

- SEGURA AÍ MOÇO!- Ao olhar para a direção da voz que me gritava, vejo uma garota correr em minha direção e ao virar para o outro lado, encontro um cachorro correndo com uma camisa na boca. Levando meus dedos aos lábios, assubiei na direção do cachorro que se sentou a alguns passos à minha frente.

- Tem alguma coleira? Para prender ele, será mais fácil para levá-lo.- A garota de cabelos ruivos e sorriso brilhante, vinha em minha direção.

- Na verdade, estou o adotando agora! Então não, não tenho nenhuma coleira.- A garota que aparentava ter dezoito anos, se agachou para pegar a camisa da boca do cachorro grande, mas que parecia extremamente bobo. Mas acabou caindo.

- Quer alguma ajuda?- A menina que agora recebia várias lambidas, não conseguia deixar de rir.

- Apenas me diga seu nome, para que eu possa agradecer!.

- Eros, prazer!- A menina sorriu ainda mais, provavelmente era uma das românticas da Grécia.

- O famoso cupido? Eu sou Hellena, o prazer é inteiramente meu. E muito, muito obrigado mesmo por me ajudar com meu novo cãozinho. Alguma sugestão de nome?

- Claro! Cérbero, gosta? Se não gostar, tudo bem. É só uma idéia.- fiquei um pouco inseguro, algumas pessoas podem achar isso um pouco ofensivo, já que Cérbero não era tão inofensivo assim.

- Adorei! Agora terei algo para me lembrar do menino com cabelos ruivos.- Disse Hellena pegando o cachorro, cujo o nome agora era Cérbero, em seu colo e se preparando para ir andando.

- Sabe que isso não é um adeus, né?

- Claro! Pessoas interessantes não são de se jogar fora, e você parece um grande mistério, Eros.- Você não sabe o quanto. E assim, Hellena se foi.

Aquele era o início, o dia em que a conheci, faria com que aquele momento se tornasse eterno. Hellena se tornou meu motivo para fazer tantas visitas a Grécia, ela se tornou minha melhor amiga. E pôr nossa aproximidade, Hellena me contou que não confiava em outro alguém para escolher o amor de sua vida. Ela achava que tinha a capacidade de fazer isso sozinha, e depois de um tempo, comecei a acreditar nisso também, Hellena era uma mulher apaixonada pela vida. Encontrar alguém para amar, talvez não fosse uma tarefa tão difícil para ela.

Em breve...