Te Guiando No Subúrbio

Capítulo 20

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O chão gélido, ameniza pouca coisa o calor. E o cheiro das flores murchas, está começando a me incomodar.

— Eric?

— Oi, Camille.

Lá se foi a minha tentativa de ter um pouco de paz. Ela para do meu lado e bato os dedos no chão duas vezes, convidando-a para se juntar a mim nessa ideia sem sentido. Ultimamente, nada mais faz.

— Descobri uma coisa do seu interesse. — Revela.

— Que o seu namorado é uma merda! — Afirmo convicto.

— Ele não é mais meu namorado! — Exclama.

Surpresa é pouco para descrever o que sinto. Felicidade também.

— Está falando sério? — Desvio os olhos para ela.

— Sim. — Suspira pesado. — Você tinha razão. Mereço coisa melhor.

Estou feliz em ver que Camille finalmente percebeu a merda que chamava de namorado. Entretanto, ver a tristeza em seu rosto ao falar, me leva a crer que ela ainda gosta dele.

— Nunca duvide! E, logo essa bad passa. — Lanço um sorriso motivador a ela.

— Mas, voltando ao assunto... Juro para você que o baque será grande.

— Diz. — Peço.

— Descobri quem é o novo doador do casarão. — Conta empolgada.

Novo já não é mais, pois a pessoa contribui há quase sete meses. Porém, opto por não comentar nada. Sento-me no mesmo instante, e ela faz o mesmo.

— Quem é?

— Maizom Howard.

Meu queixo cai em descrença e engulo em seco, enquanto sou tomado por um árduo frio na barriga.

— Está brincando, não, é?

— Aí, Eric, claro que não! A diretora esqueceu alguns papéis em cima da mesa dela, e eu meio que sem querer, acabei lendo. E em um deles, está a assinatura e o nome do advogato.

Estou tão perplexo que nem o apelidinho besta que ela deu a ele me faz sair desse estado.

— Há quanto tempo sabe disso? — Sinto-me trêmulo.

— Acho que há uma semana. — Mexe nos cabelos sem jeito.

— E, porque não me contou? — A minha voz sai alterada.

Abaixo as vistas no mesmo segundo, arrependido.

— Desculpa! — Murmuro.

— Eu não tinha certeza... Confirmei a minha suspeita semana passada na festa. — Dá uma pausa para pensar.

Logo após Alícia anunciar sobre querer a nossa presença no evento passado, do aniversário da empresa Howard, Emma avisou que não nos acompanharia. O arrependimento por ficar no topo daquele prédio, me pega com tudo.