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- Oi. - Disse Jasper.
- Oi.
Jasper se afastou um pouco, olhando em volta.
- Você é como eu?
- Como você?
- Você me viu na floresta não é? - Ele acenou com a cabeça. - Então viu o que eu posso fazer. Você é como eu.
- Não. Nós somos diferentes. - Não pude deixar de sentir uma certa decepção. Eu realmente queria acreditar que não era a única.
- Mas houve um tempo em que eu era como você. Quer dizer, você é muito mais poderosa do que eu era.- Como somos diferentes então? - Jasper não parecia muito confortável com minha pergunta.
- Eu vou te explicar desde o começo.
Jasper andou até minha cama e se sentou. Eu puxei a cadeira da minha escrivaninha e me sentei de frente pra ele.
- Todas as pessoas nascem com algum dom, alguns são bons em matemática, outros praticam algum esporte, não importa o que seja, todos tem algo de especial. Mas existe uma pequena porcentagem, menos que um por cento, de pessoas que nascem com um tipo diferente de dom.
E existe uma porcentagem menor ainda de pessoas que tem seus dons despertados ainda humanos.- Humanos?
- Jennie, você vai precisar prestar muito atenção agora.
Jasper parecia cada vez mais desconfortável, ele parecia nervoso.
- Existem dois tipos de dons, os mentais e os físicos. Os dons físicos são mais raros do que os mentais. É esse o seu caso, o seu é física, já o meu é mental.
- Mental? Mas você matou os ursos com as mãos.
Eu ouvia cada palavra com o máximo de atenção possível.
- Eu não me lembro muito bem, mas sei que eu sempre fui muito bom em entender as emoções das pessoas a minha volta, sempre sabia quando alguém estava triste, feliz, com medo, não importava o quando as pessoas tentassem esconder o que sentiam, eu sempre sabia. Eu também era muito bom em persuasão, tinha muita facilidade em fazer as pessoas confiarem em mim.
Eu sempre quiz ir para o exército, então quando eu tinha dezesseis anos consegui convencer a todos de que eu tinha dezoito, como disse, eu era muito bom em ganhar a confiança das pessoas.
Depois de dois anos eu já era major. Um dia eu encontrei três mulheres, elas estavam no meio do nada então eu pensei que estavam perdidas.
Uma dessas mulheres se chamava Maria, ela que me transformou no que eu sou hoje.- E o que você é?
- Maria me transformou em um vampiro.
Jasper parou de falar e me olhou, esperando que eu dissesse alguma coisa, mas eu apenas fiquei em silêncio. Eu não estava completamente convencida de que ele estava falando a verdade mas mesmo assim tentei ao máximo levar a sério o que ele dizia.
- Quando humanos são transformados em vampiros, todos os seus sentidos são multiplicados diversas vezes. A força, rapidez, audição, visão e olfato. Carlisle tem uma teoria de que sempre que alguém é transformado, ele leva pra sua nova vida o que tinha de mais especial na sua vida antiga, o que no caso é o seu dom, que não necessariamente vai evoluir a ponto de ser uma habilidade. Como eu disse, a maioria das pessoas tem como dom, por exemplo, ser muito corajoso, leal, ambicioso, mas a pequena excessão evolui pra um poder. Como eu sempre fui bom em saber o que uma pessoa senti, quando fui transformado esse meu dom se espandiu e agora posso ver, tão claro quando o dia, exatamente o que alguém está sentindo e também posso manipular esses sentimentos. Posso fazer uma pessoa furiosa se acalmar em um segundo, do mesmo jeito que posso fazer algum ficar fora de si em um ataque de raiva.
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Girl on Fire • Jasper Hale
Vampire"Alguns dizem que eu nasci com um dom, mas não é assim que eu vejo. Eu faria qualquer coisa pra isso parar, pagaria qualquer preço pra ser uma garota normal com problemas normais, daria minha vida sem pensar duas vezes se isso significasse trazer mi...