Capítulo 25

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- Pronta? - Jasper disse segurando firme minha mão?

- Como está lá fora? - Perguntei olhando pela janela. Obviamente, eu não podia ficar em casa pro resto da minha vida, e depois de alguns dias foi decidido que eu deveria voltar pra escola.

- A grande maioria está curiosa.

- E o resto?

- Estão...confusos. Se perguntam o que aconteceu.

- Como a diretora está?

- Melhor a cada dia. Todos estão fazendo o possível para deixá-la a vontade.

- Que bom. - Todos já sabiam que eu fiquei alguns dias no hospital por uma tentativa de suicídio, mas não era isso que me incomodava. Eu não sabia como poderia olhar pro rosto da diretora sabendo que a culpa da morte da filha dela é minha.

- Não precisamos entrar. Ninguém nos viu. Podemos ir pra minha casa e ficar lá até a hora que a aula acabar. Seus tios nunca descobririam.

- Não. Eu não quero mais perder aula.

Jasper me deu um sorriso enquanto entrava com o carro no estacionamento. Eu disse que podia ir com meu carro mas ele insistiu em me levar.

Assim que ele estacionou, me deu um rápido beijo antes de sair do carro. Uma coisa que percebi nesses últimos dias em que estamos namorando é que Jasper gosta muito de beijos. Sempre que estamos perto um do outro sem falar nada ele me beija. Ele também é muito carente, por mais difícil de acreditar que seja.

Quando terminei de pegar minhas coisas, Jasper já estava do lado da minha porta abrindo ela pra mim.

Chegamos um pouco mais cedo, então não tinha muita gente, nem mesmo os irmãos do Jasper tinham chegado ainda. Tentei ignorar ao máximo todos e fui até a entrada o mais rápido possível.

Logo na entrada eu vi um mural com a foto da Lucy, tinha flores, ursinhos de pelúcia e algumas cartas. Uma profunda onda de culpa que apareceu em mim foi embora tão rápido quanto chegou.
Jasper apertou minha mão e me deu um rápido beijo no topo da minha cabeça antes de voltarmos a caminhar.

Um pouco a frente nos corredores, tinham vários cartazes que falavam sobre a perda, que a morte é a única certeza da vida, que os mortos estão em um lugar melhor, que mais cedo ou mais tarde todos vão ter que cruzar a ponte para o outro lado e blá blá blá.

Também tinham alguns cartazes falando sobre o suicídio, que essa nunca é a solução, que só precisamos respirar fundo e tentar de novo, que o arco-íris só aparece depois da tempestade.

- Bom dia jennie. - Por quê as pessoas que mais queremos evitar brotam do chão bem na nossa frente?

- Bom dia diretora.

- É muito bom tê-la de volta. - Mesmo sorrindo, era possível ver as olheiras que ela tentou esconder com maquiagem. Ela também parecia mais magra do que eu me lembrava.

- Obrigada.

Sem perceber, eu apertava com o máximo de força a mão do Jasper.

- Espera diretora. - Disse dando um passo a diante. - Eu sinto muito pelo o que aconteceu.

- Obrigada jennie. - Ela disse, se esforçando pra sorrir.

- Me desculpa. - Disse sem pensar.

- Você não tem que se desculpar. - Ela disse sorrindo enquanto ia embora.

Girl on Fire • Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora