Girl on Fire • Jasper Hale

Capítulo 32

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- Você deve conhecer minha amiga, a Maria. Ela me pediu pra vir...me apresentar pra você.

Merda, merda, merda. Que droga

- Você é uma criatura muito interessante sabia? Todos ficamos curiosos.

- Meu namorado já está chegando. - Consegui sussurrar, tão baixo que eu mesma quase não me ouvi, embora ela com certeza tenha ouvido alto e claro.

- Seu namoradinho não me assusta.

Ela deu um sorriso e apareceu na minha frente no segundo seguinte. O seu rosto estava a poucos centímetros do meu. Ela pegou uma mexa do meu cabelo e o cheirou. Pude ver seus olhos escurecendo e um baixo rosnado, que ficou preso em sua garganta.

- Isso é tão difícil. - Ela sussurrou.- Eu tenho uma proposta. Quer dizer... Maria tem uma proposta.

- Não estou interessada.

- O plano era vir atrás de você depois que o problema com os Volturi fosse resolvido, mas eu recebi uma mensagem. Parece que as coisas não saíram de acordo com o plano. Seu namoradinho e a família dele não estão interessados em ajudar, então tivemos que recorrer ao plano B.

Sempre existiu a possibilidade de que a Maria sabia sobre mim, mas mesmo assim eu me agarrei a possibilidade de que ela não fazia ideia da minha existência.

Eu sei que quando estamos em perigo, nosso corpo ativa todos os mecanismos de defesa que temos, sejam eles correr, gritar ou lutar. Simplesmente nos defendemos da forma que podemos involuntariamente. Se uma pessoa fica frente a frente com um assassino ela não pensa: Eu vou sair correndo pra me salvar. Não. Ela simplesmente corre sem olhar pra trás.

A algum tempo eu venho pensando que essa coisa que eu tenho dentro de mim, que me faz ser tão diferente de todo mundo meio que tem um senso de auto preservação. É como se fosse capaz de reagir ao perigo muito antes que eu, por isso que quando estou em alguma situação ruim meu poder simplesmente aparece. Como agora.

Meus braços começaram a queimar, mas eu não tentei me conter, não respirei fundo para fazer parar.
No mesmo instante, Ana se afastou e ficou olhando meus braços.

- Mesmo vendo com meus próprios olhos, ainda é difícil de acreditar.

Ela se aproximou um pouco mais de mim, olhando meus braços como se estivesse em transe.

- Se chegar perto de mim eu...

- Nós duas sabemos que você não vai fazer nada. Pelo menos não de propósito. É até triste saber que tanto poder está nas mãos de uma covarde. Nem consigo imaginar tudo o que eu conquistaria se fosse meu.

- Por favor, não chega perto de mim. - Como eu disse, as vezes parece que meu poder tem vida própria, então se ela se aproximasse demais eu não conseguiria controlar.

- Maria quer fazer um acordo. Se você aceitar vir comigo, será transformada. Receberá um breve treinamento e lutará conosco contra os Volturi e em troca, seu namorado e a família dele não serão incomodados.

- Isso só pode ser piada...

- Quando vencermos os Volturi, vamos nos tornar os líderes. Todos os que nos ajudarão serão muito bem recompensados, mas aqueles que nos viraram as costas, como seus amigos fizeram, iram lamentar o dia em que nasceram. Seus amigos porém, seram deixados em paz se nos ajudar.