7. Lindo como as cores da primavera

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ALERTA DE GATILHO
Um trecho desse capítulo narra uma tentativa de abuso. Esse trecho estará no final do capítulo, logo depois da linha de asterisco *********.
Para um melhor entendimento da história, um resumo com menos detalhes estará nas notas finais.
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 Ochako dormia profundamente envolta de sua capa, encolhida pelo vento frio que entrava na caverna. Entretanto, seu sono profundo fora interrompido ao sentir cócegas em seu ouvido. Sem abrir os olhos, ela dava tapas no ouvido, a fim de espantar o inseto que fazia isso. Ainda tentando dormir, sentiu mais uma vez, e outra, e outra. Sacudiu a mão rente ao ouvido diversas vezes, impaciente. Abriu os olhos, vendo que o sol ainda não havia nascido, e que os outros ainda dormiam. Estava prestes a fechar os olhos novamente, quando ouviu um pequeno grunhido em seu ouvido. Ela então virou-se para trás, dando de cara com o responsável por ter acordado ela antes da hora. Ela se levanta em um pulo quando viu aquele pequeno dragão colorido, com escamas em um degradê entre vermelho e laranja, e asas que iam de um degradê vermelho e rosa até chegar em um tom de roxo. O pequeno réptil recua um pouco pelo susto dela, mas logo depois torna a se aproximar devagar, curioso. Ela olhou para a fogueira, vendo ali a casca do ovo quebrada.

— Deu certo! — Ela sorri com seu progresso. — Gente, deu certo! Acordem. Deu certo!

Os outros três acordam com os gritos de Ochako. Acordam um pouco desnorteados e confusos por ainda ser noite. Eles olham para a feérica, vendo ela apontar para o filhote de dragão, sorridente. Nenhum deles parecia acreditar, pensando até ser um sonho. Bakugou esfrega os olhos inúmeras vezes para ter certeza de que estava bem acordado. Ele se levantou, boquiaberto, indo em direção ao dragão.

— Mas… como é possível? Ele estava morto. Eu mesmo vi. — Ele se virou para Ochako. — O que você fez?

— Bem… é que quando eu fui pegar o ovo… acidentalmente eu o deixei cair… — Bakugou a olhou como se estivesse prestes a explodir. — Mas aí eu o consertei… com magia. Por isso aquela luz forte apareceu. E agora o dragão está vivo.

— Se ela conseguiu chocar esse ovo, ela pode ser capaz de chocar os ovos petrificados que estão pela cordilheira do Dragão, e até pelo mundo. Eu tinha razão em querer trazer ela conosco. Você tem que admitir! — Kirishima dizia, empolgado, enquanto se gabava.

Bakugou estava tão admirado pela descoberta que nem deu atenção ao amigo. Ainda olhava para o dragãozinho com os olhos arregalados. Ele estendeu a mão em direção ao animal, e o mesmo se aproximou devagar, sentindo o cheiro como se quisesse o conhecer. Ochako podia jurar que viu um sorriso no rosto do loiro. Sentiu-se feliz por ter proporcionado esse momento feliz a ele depois de saber como ele se sentia. Ela inconscientemente sorriu também.

— Ochako, você é simplesmente incrível! — Mina se aproximou dela, a abraçando. — Ela não é incrível? — Perguntou a Bakugou.

— É… claro. — Ele se recompôs de seu momento emotivo. — A qualquer momento deve amanhecer. Vamos aproveitar o resto da fogueira e cozinhar algo para comer, e então seguiremos viagem. — Ele pega sua faca e sai da caverna junto de Kirishima.

— Acredite, ele se sente grato. Só não sabe expressar isso. — Mina disse enquanto brincava com o dragãozinho.

— Tudo bem. Eu pude ver como ele ficou feliz. 

— Essa era a coisa que ele mais queria. Você com certeza deixou ele explodindo de alegria. E com certeza ele vai ficar ainda mais feliz quando você chocar mais ovos.

— Mal posso esperar para ver outros dragões. Vocês ainda tem outros dragões, certo?

— Sim. A maioria tá na ilha de Drackma. Levamos eles para lá pois pensamos que talvez se estiverem em um ambiente mais familiar eles fossem capazes de se reproduzirem novamente. Mas ainda tem alguns poucos na cordilheira do Dragão.

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