33. O nascimento do herdeiro

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 O castelo estava uma verdadeira correria. As criadas corriam pra lá e pra cá, trazendo tudo que fosse necessário para que Momo se sentisse mais confortável naquele momento. A rainha já estava há algumas horas em trabalho de parto, e parecia cada vez mais apreensiva a cada hora passada. A pedido da mesma, as únicas pessoas no quarto eram a parteira; Midoriya, que também tinha conhecimentos médicos; e a mãe de Shoto. No mais, para as outras pessoas do castelo só restava esperar.

— Respire fundo, minha querida. Vamos! Você consegue! — Rey segurava firme em sua mão, mas não parecia estar ajudando muito.

— Não... eu acho que não consigo... ARGH! — Momo gritou de dor. — E se... e se eu não conseguir? E se o bebê morrer? Ou então eu? Ou nós dois...

— Não diga uma coisa dessas! Sei que vai conseguir. — Midoriya olhava para a parteira, que tentava visualizar se o bebê já estaria saindo.

— Talvez seja melhor trazer mais algumas toalhas. — Ela olhou de volta para o esverdeado.

Midoriya acenou com a cabeça e se disponibilizou a pegar mais, mas antes que pudesse sair, a voz da rainha o impediu.

— Espere... por favor, fique aqui! — Momo estava apreensiva, e precisava de rostos conhecidos, e confiáveis junto dela.

Midoriya compreendeu seu desespero, e por isso pediu para que a parteira fosse pegar as toalhas. Momo estaria em boas mãos com Midoriya ali cuidando dela.

Já na entrada do castelo, o rei, junto de sua comitiva, enfim chegaram, depois de uma longa viagem de Garden Wall até a capital. Shoto logo percebeu a correria e apreensão dos criados. A parteira, antes no quarto da rainha, agora pedia para que as outras criadas a ajudassem a procurar mais toalhas de forma desesperada.

— O que está acontecendo? Onde está a rainha? — Shoto perguntou às criadas. — Ela já está em trabalho de parto? — Ele perguntou novamente, preocupado.

— Sim, majestade. Isso já faz algumas horas. Ela não queria muitas pessoas com ela, apenas o lorde Midoriya, e a sua mãe. A parteira respondeu, formalmente.

— Ela já está tendo o bebê? — Kendo olhou para o rei, preocupada. — Eu... eu preciso ir. Tenho que estar com ela. Como ela está? — Dessa vez a Lady disse à parteira.

— Não estamos tendo muito progresso, ela parece apavorada, milady. Talvez se você ficar junto dela... Ela perguntava a todo momento se vocês já haviam chegado.

— Eu vou! — Kendo acenou com a cabeça e seguiu para o quarto da rainha.

— Majestade! — Shoto virou-se, vendo os outros membros do conselho que haviam ficado no castelo. — Soubemos do ocorrido. Que bom que está bem! Que bom que todos vocês estão bem! — Toshinori o cumprimentou com uma reverência.

— Tivemos sorte de conseguir fugir no meio daquela confusão. — Shoto disse, olhando para Inasa e Iida, que o acompanharam. — Aconteceu algo na nossa ausência?

— Na verdade... sim. Se puderem nos acompanhar, gostaríamos de atualizá-lo dos acontecimentos. — Aizawa prontamente disse.

Shoto e os outros dois se entreolharam, curiosos e preocupados. Os três então os acompanharam até a sala de reunião. Todos os membros do conselho se acomodaram na grande mesa.

— E então? Algo relacionado ao bispo, eu suponho. — O rei disse.

— Exato! Desde o ataque dos draconianos aos exércitos do lorde de Vila Verde e da igreja, o bispo e seus aliados não deixaram a rainha em paz sequer um minuto. Já que vossa majestade não estava presente, então toda a cobrança ficou com ela. — Toshinori, por fim, respondeu.

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