11. O embate nas trilhas de caça

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Oiioii, mais um capítulo! Esse capítulo será voltado apenas para o arco na capital do reino. Mas não se preocupem, nossa Ochako vai aparecer no próximo, ok?
Dito isso, vamos ao capítulo.

Boa leitura!
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A mando do jovem rei, Hawks havia sido transferido para a enfermaria do castelo. Shoto ainda fez o favor de chamar o médico pessoal do prisioneiro, que por sorte estava na capital. E como o mesmo havia dito, havia guardas vigiando na porta, fazendo dali a prisão particular de Hawks. Não demorou muito para que o médico chegasse, já que ele já estava na cidade, para a sorte de Hawks.
— Ao que parece, sua doença voltou a atacar com força mais uma vez. — O médico, Nighteye, falou de forma séria enquanto examinava os dois calombos que surgiram nas costas de Hawks. — Dói muito quando eu encosto?
— Não tanto quanto da última vez. — Ele respondeu.
— Não estão tão grandes quanto a última vez também, então creio que será mais tranquilo agora. — Concluiu. — Devo começar os cuidados agora, enquanto o problema não se agrava. Se me permite, vossa majestade, preciso de toda a privacidade possível.
— Tudo bem. Eu já estava de saída, de qualquer jeito. — Shoto se dirigiu para a porta. — Vamos, Fuyumi!
— Eu quero ficar ao lado do meu noivo! — A garota falou, firme e decidida.
— Senhorita… devo lhe alertar que esse procedimento… — Nighteye tentava explicar à ela, porém foi interrompido por Hawks.
— Está tudo bem, Nighteye. Ela pode ficar. — Ele falou, olhando para a amada.
— Você tem certeza? — O médico olha para Hawks, não muito certo dessa decisão. Hawks, por outro lado, tinha certeza absoluta do que queria. — Está certo, então.
Shoto não queria deixar a irmã ali, porém sabia que não iria melhorar sua relação com ela a levando à força. Decidiu deixar isso pra lá, e permitir que ela passe alguns últimos momentos antes que ele voltasse para a prisão.
O jovem rei saiu da enfermaria, reforçando para os guardas ficarem de vigia. Ele andava pelos corredores, extremamente cansado dessa situação. Se assustou ao ouvir alguém chamar pelo seu nome de forma desesperada.
— Shoto! Shoto! — Olhou para trás, vendo Midoriya correndo até si. — Te procurei por todos os lugares.
— Por que? O que aconteceu? — Perguntou, assustado.
— O Hawks não é o culpado. — Midoriya mostrou o carimbo em sua mão.
— O que é isso? — Shoto pegou o objeto para ver melhor. — O carimbo do selo do Hawks? Por que está com ele?
— Nós vimos uma criada quando voltamos da biblioteca. Ela estava com o carimbo, e estava prestes a guardá-lo no quarto de Hawks novamente. Nós a encurralamos e forçamos ela a falar. — Midoriya explicava tudo, vendo o rei se mostrar cada vez mais incrédulo. — Foram aqueles dois. O Wolfram, junto com o padre Giran, armaram todo esse esquema contra a Momo, e depois incriminaram o Hawks. Eles queriam arruinar sua união com a Lady de Garden Wall para desestabilizar seu reinado.
Era tão óbvio, e Shoto esteve certo todo o tempo. Se sentiu um completo idiota por ter caído direitinho nessa armação, e uma pessoa terrível por ter prendido Hawks injustamente. Mas agora estava decidido em ir atrás dos dois culpados.
— Onde eles estão? — Perguntou.
— A criada disse que os dois foram ao estábulo, mas não sabe para onde foram com os cavalos. Momo e Kendo foram para lá perguntar. Vamos logo. Temos que encontrá-las e ver o que descobriram.
Sem perder mais tempo, os dois correram para o estábulo do castelo. As viram perto de um dos ajudantes, correndo até onde estavam.
— E então? — Midoriya perguntou.
— Eles foram para as trilhas de caça, fora da cidade. — Kendo disse o que o ajudante lhe contou.
— Eu ouvi eles falarem que passariam em algum lugar antes para pegar alguém, e levá-la para a trilha. — O ajudante acrescentou.
— Eles disseram quem era? — Shoto o questionou.
— Não disseram o nome, mas deram a entender que era uma mulher. — Foi o suficiente para que descobrissem o que eles pretendiam.
— Nós temos que segui-los agora. — Shoto disse a Midoriya, que concordou, já pegando dois cavalos. — Por favor, avisem ao Iida onde estamos indo. Diga para ele trazer reforço. — Ele fala para as duas moças.
— Certo! Avisaremos a ele. — Momo o confirmou. — Agora vão. A esse ponto eles já devem ter saído da cidade.
— Pegue isso, majestade. — Midoriya o entrega uma das espadas. Shoto a guarda na bainha em sua cintura. Preparado para subir no cavalo, Midoriya chama sua atenção novamente. — E isso também. É sempre bom se precaver. — Disse, lhe entregando também uma faca.
Shoto pegou o objeto, o guardando. Os dois então subiram em seus cavalos e seguiram caminho para fora da cidade.
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A jovem moça adentrava a floresta, seguindo aqueles dois homens. Eles haviam a escondido depois do plano contra a Lady de Garden Wall ter dado errado. Se sentia mais tranquila agora, pois os mesmo disseram que ela não precisaria mais se esconder.
— Então… está tudo bem agora? Eles já não me procuram mais? — Yui perguntava.
— Como havíamos dito antes, já está tudo acabado. — Wolfram lhe respondeu.
Eles pararam de caminhar, e então os dois olharam para Yui. A garota já não tinha mais um bom pressentimento daquela situação quanto antes.
— Você nos serviu bem, minha jovem. — Giran tirou uma faca de sua vestimenta, para o desespero da garota. — Uma pena, mas não podemos arriscar que você coloque tudo a perder.
Yui já havia percebido que eles não iriam libertá-la, e sim se livrarem dela para que não houvesse mais provas. O desespero lhe consumiu ao ver que não teria chance contra dois homens. Estava condenada.
O barulho do trotar dos cavalos invadiu seus ouvidos. Ao se virarem para trás, viram o rei chegar, furioso. Shoto saltou do cavalo, agora correndo na direção dos três. Yui aproveitou a distração daqueles dois, e começou a correr para se salvar. Giran percebeu a fuga da garota, lançando a faca em sua direção, lhe acertando nas costas.
— NÃO! — Shoto gritou ao ver Yui cair no chão com a faca nas costas. Mas para sua felicidade, ela ainda estava viva.
Wolfram pegou sua espada, na intenção de ferir Shoto. Porém, Midoriya entrou na frente para intervir, defendendo-se do ataque, também com sua espada. Os dois então começam um embate.
Shoto olhou para Giran, o vendo já em posição de ataque. Ele tirou a espada que guardava em sua túnica de padre, partindo para cima do rei. Shoto rapidamente retirou sua espada da bainha para se defender. Eles iniciaram a luta, com Giran avançando sobre Shoto cada vez mais. De início, o jovem rei estava levando a pior. Não esperava que Giran fosse o superar em questão de velocidade.
— Achou que só por eu ser um padre, eu não fosse um bom espadachim? — Giran zombou da situação do mais jovem.
O padre o encurralou em uma árvore, certo de sua vitória. O que ele não esperava era receber um chute na barriga vindo do rei. Shoto o afastou com seu chute, movendo sua espada contra a de Giran, a derrubando no chão, longe das mãos do padre. Shoto o empurrou contra outra árvore, o encurralando. Pegou sua faca, a apontando contra o peito do mais velho.
— Aceite que perdeu. Renda-se agora! — Assim o rei falou.
Giran o encarou com ódio. Agora sim, ele não tinha mais saída. Pelo menos era o que Shoto pensava. Bem devagar, o padre tirou da manga de sua túnica uma pequena faca, pretendendo atacá-lo de surpresa. E assim que Shoto baixou sua guarda, ele avançou contra o jovem rei. Mas antes que pudesse feri-lo, os reflexos do jovem agiram mais rápido, o fazendo enfiar a faca no peito do padre.
Shoto acabou agindo por impulso, chocando-se ao ver o que tinha feito. O sangue do padre agora escorria da faca até suas mãos. Viu Giran largar sua faca no chão, e então perdendo sua consciência. Shoto se afastou, retirando a sua faca dele, o deixando cair morto no chão.
Wolfram, que até então lutava contra Midoriya, se distraiu ao ver que Giran havia sido morto. O mensageiro então aproveitou a deixa para desarmar o oponente. Midoriya acertou um golpe na espada de Wolfram, a derrubando. Em seguida o acertou com um chute bem forte no tórax, o derrubando no chão, e apontando sua espada contra ele. Sem a ajuda de seu cúmplice, agora já não tinha mais chances.
Ouviram o barulho de mais cavalos chegando. Iida havia chegado com o restante dos guardas, assim como Shoto havia pedido para Momo o avisar. Dois dos guardas levantaram Wolfram do chão, o segurando, cada um em um braço. Recolheram o corpo do padre, e prestaram ajuda para Yui, que serviria como testemunha junto da outra criada.
— Você está bem? — Midoriya se aproximou do rei, que ainda parecia um pouco em choque por ter matado uma pessoa. Ele retirou a faca das mãos ensanguentadas de Shoto, a limpando e guardando. Retirou de seu bolso um pequeno lenço, limpando as mãos trêmulas do jovem rei. — Isso não é pra ser fácil. Se suas mãos não estivessem tremendo, você seria que nem ele. — Falou, se referindo ao padre.
— É… você tem razão. — Ele concorda com Midoriya, tentando não se abalar.
— Vem. Vamos voltar ao castelo. — Midoriya o chama para subirem em seus cavalos.
— Vamos. Acho que devo desculpas a um certo alguém. — Shoto falou, envergonhado de seu erro.
Os dois então subiram em seus cavalos, preparados para voltarem para casa.

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