21. Ele trará a ruína

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 Já sobrevoando a Cordilheira do Dragão, o clima já começava a ficar mais agradável para Ochako. Longe do reino de Newydd, o quarteto já não via mais nenhum resquício de neve. Apenas a vegetação verde era vista de cima das costas dos dragões. Ochako estava muito animada em poder voltar. Haviam ficado fora um pouco mais de quatro semanas, e por isso ela estava empolgada em finalmente poder ver o desenvolvimento dos dragões no vilarejo, especialmente de Beltane.

Lá de cima das costas dos dragões, puderam finalmente avistar o vilarejo. Eles desceram com os dragões, vendo as pessoas se reunirem em volta para recepcioná-los. Ochako sorriu, vendo que havia muito mais dragãozinhos do que antes. Alguns deles já haviam crescido, e outros, recém nascidos. Mas ela se surpreendeu de verdade ao finalmente encontrar Beltane. O dragão que antes não media mais do que 1 metro, agora já estava com um pouco mais de 8 metros, e já voava bem mais alto.

— Beltane! — Ela o chamou, assobiando logo em seguida.

O dragão obedeceu o chamado, voando em direção à Ochako, feliz em poder revê-la depois de todo esse tempo fora. Ela o acariciou na cabeça, o abraçando logo depois.

— Como ele cresceu! — Ela falou, ainda espantada.

— Eu falei que ele ia crescer bem mais. Todos eles cresceram bastante. — Kirishima observava todos os dragões que eram bem menores antes, assim como Beltane.

— Você já pode montar nas costas dele Ochako. — Mina disse, vendo o sorriso se formar no rosto da feérica.

— É verdade! — Ochako também percebeu, e ficou feliz em poder montar em seu próprio dragão.

Bakugou parecia feliz observando ao redor do vilarejo. A volta dos dragões pareceu trazer mais vida ao local. Ele pôde finalmente ver as crianças aprendendo a montar em seus próprios dragões sem precisar da companhia dos adultos na montaria. Com o tempo as crianças já perdiam o medo e passaram a voar sozinhas em seus dragões. O loiro não pôde deixar de esboçar um pequeno sorriso ao ver algumas delas lhe chamando enquanto voavam em sua direção.

— Olha só, agora eu sou que nem vocês! Sou um verdadeiro guerreiro draconiano! — O pequeno Kota dizia enquanto montava em seu dragão.

— Está indo muito bem, Kota! — Mina o parabenizou.

— Há quanto tempo você está aprendendo? — Kirishima perguntou.

— Desde semana passada. Eu mesmo escolhi meu dragão, sabia? Somos melhores amigos agora! — O garoto abraçou seu dragão, rindo. Ochako sorriu, encantada com a fofura dele.

— Onde estão meus pais? Achei que estariam aqui quando chegássemos. — Bakugou perguntou pelos pais.

— Eles estão lá dentro. Eles receberam uma carta um pouco antes de vocês chegarem. Acho que era algo importante. — Kota apontou para uma das casas do vilarejo.

Bakugou pareceu preocupado. Afinal, a última carta que receberam foi justamente sobre a guerra contra Strigland. Ele agradeceu ao garoto, indo direto para a casa, torcendo para que não fosse nada demais. Os outros três o seguiram, percebendo sua preocupação. Assim que entraram, viram Mitsuki e Masaru sentados à mesa, com a tal carta em mãos. Mitsuki não poderia estar mais irritada, e mesmo Masaru sendo o mais paciente da família, também não parecia nada feliz.

— O que aconteceu? — Bakugou perguntou.

— O que aconteceu? — Mitsuki direcionou o olhar para o filho, se levantando da mesa. — Aconteceu que os helenos invadiram as pequenas ilhas perto de Drackma e levaram e levaram vários do nosso povo que estavam lá como escravos. — Ela bravejou, entregando a carta ao filho. — Aqueles malditos, filhos da puta!

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