Dez.

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Diarra Pov.

Cruzo os braços sobre os joelhos encarando o urso da minha frente.
É triste por que eu não consigo praticar direito com urso.
E toda vez que eu seguro uma seringa todos pensam que eu vou matar alguém. 

Nem Sabina, nem Joalin quis me emprestar o braço.

Desse jeito eu nunca vou me tornar uma enfermeira.

- Por que está aqui? - Noah Pergunta entrando no quarto. - O que aconteceu?

Não respondo.  Nem olho para ele.

- Aqui. - Ele senta do meu lado e levanta a manga da camisa. - Para você praticar.

- Noah. - Digo agora olhando para ele.

- Rápido antes que eu mude de ideia. - Ele diz esticando o braço.

Dou um sorriso já me animando.

- Tudo bem. - Levanto da cama rápido e levo ele até a cadeira.

Pego tudo que eu preciso e sento na sua frente. 

- Primeiro amarrar o toniquete. - Digo colocando no seu braço. Amarrando bonitinho com um laço.

- Hey Diarra. Quem disse era para amarrar o toniquete como um laço? - Noah Pergunta me olhando.

- Ah é verdade. - Tiro do braço dele.

- Preste atenção. - Noah diz. - Deixe o toniquete de oito a dez de distância do ponto da injeção. Se amarrar muito forte, pede haver perda de circulação na artéria.  Seja cuidadosa.

- Entendi. - Digo colocando outra vez. - Por favor senhor fique abrindo e fechando seu punho. Faça isso contando a sua idade.

Noah suspira mas faz o que eu disse.

- Pronto. - Estende a mão.

Olho o braço dele mas não vejo nenhuma veia.

Começo a bater no braço dele com força até ficar vermelho.

- Aqui tem três veias. - Noah segura minha mão. - Procure a veia que mais aparece e injete direto. A veia mais fácil de trabalhar.  - Ele solta a minha mão. - Você é destra, que tal essa veia aqui.

Ele me mostra uma veia no braço dele. 

- Okay. - Digo pegando a seringa.

- Hey, você não vai desinfetar? - Noah me pergunta.

- É mesmo. - Digo pegando o algodão. E limpo o local. E volto a pegar a seringa. - Pode doer um pouco.

Minhas mãos estão tremendo.
Noah vira o rosto e eu fecho os olhos enfiando a seringa braço dele.

Abro os olhos e vejo a seringa no braço dele.

- Consegui! - Comemoro.

- Está saindo sangue? - Noah me pergunta.

- Não. - Digo olhando assustada. - Você não tem sangue?

- Tira. - Noah fala. - Tira.

E eu puxo a seringa.

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- Eu estou amaldiçoado. - Bailey olhando para o papel.

Ele foi sorteado para ser a cobaia outra vez.

- Por que? Não é nem mesmo uma injeção de verdade. - Krys diz rindo. - Só vai por o modelo no seu braço, você está exagerando.

- Idiota! - Bailey fala irritado. - Não importa o quão protegido isso seja. A seringa vai estar nas mãos trêmulas da Diarra.  Você não conhece esse horror.

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