Mischievous Kiss.

Trinta e sete.

Coloco o avental em frente ao espelho.

Noah está trabalhando duro na empresa. E eu vou trabalhar duro para fazer os almoços e as tarefas de casa.

Observo minha imagem no espelho, pareço uma dona de casa.

Dou risada, Parece que somos recém-casados, uhu!

Deixo meus pensamentos de lado e vou preparar tudo.

E assim se passou vários dias, eu ajudava em casa. Fazendo marmitas para o Noah e o Yuri e preparava o jantar a noite.

Noah sempre chega cansado e muito tarde e eu fazia o máximo para ajudá-lo a não desanimar.

Tio Marco está se recuperando. Mas aos poucos e ainda tem que ficar no hospital.

Noah sai cedo para o trabalho. E eu o ajudo consertando sua gravata.

Mas vezes ele fica zangado quando eu aperto demais a gravata em seu pescoço.

Eu estou melhorando na cozinha mas quase sempre erro os ingredientes. Yuri sempre reclama mas Noah nunca reclamou. Ele sempre come tudo, mesmo quando nem eu quero comer.

Por causa da minha rotina tive que me afastar do clube de tênis. Erick ficou triste mas compreendeu. Ele me incentivou a voltar quando o pai do Noah melhorar. E disse que eu sou um membro importante do clube.

E também descobri que a irmã da Sina arranjou um namorado, fiquei feliz, que ela desistiu do Noah.

Sinto uma bola bater na minha cabeça quando estou saindo da quadra de tênis.

- Desculpe Diarra. - Sina diz correndo até mim.

Olho para ela com raiva.

Provavelmente foi de propósito.

- Podemos conversar? - Ele me pergunta.

Eu deveria falar que não. Mas eu concordo.

Caminhamos para fora da quadra em silêncio.

- Hum... Como está o Noah? - Ela me pergunta.

- Ele está ocupado trabalhando na empresa. Normalmente volta para casa de madrugada. - Digo. - Eu sempre fico acordada esperando ele.

- Então há chances dele parar a faculdade e administrar a empresa. - Ela diz.

- Ele só está Tirando uma licença da faculdade por um tempo, ele vai voltar. - Explico.

- Será? - Ela me olha. - Se ele assumir a empresa do pai, não tem porque ele voltar.

Lembro do que ele me disse. Ele disse que quer voltar para faculdade depois que o pai dele ficar bom, ele quer seguir o sonho dele.

- Ele quer voltar. - Digo.

- O que eu estou dizendo é que mesmo se ele quiser voltar, a realidade não vai deixar fazer isso. - Sina diz.

Será? Será que o Noah não vai poder voltar, mesmo que ele queria muito ser médico?

Isso não é bom. Não é certo.

- Ei, por que você não para de fazer a comida dele? Você está dificultando as coisas para ele. - Ela da um sorrisinho.

- Como você sabe que eu faço o almoço? - Pergunto.

- Eu te conheço. - Ela diz. - Tenho certeza que nada acontece entre vocês.

Não aconteceu... Mas não é hora de pensar isso.

- Até mais. - Ela diz andando na minha frente.

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Estou tirando o pó da mesinha quando tia Wendy entra em casa.