Mischievous Kiss.

Dezenove.

- Diarra, a partir de amanhã você não é mais responsável pela senhora Eleonor. Não é bom ser feita de boba pela paciente. - Foi o que a enfermeira chefe me disse.

Eu deveria ficar feliz por não ser mais responsável por ela. Mas eu não estou.
Depois de tudo, terminou assim?

Entro no quarto dela uma última vez, pelo menos pra me despedir.

- Vovó Eleonor. - Digo me aproximando da cama. Ela está deitada. - Está dormindo?

- O que é?

Nossa, que grossa.

- Bem... - Continuo- A partir de amanhã não serei mais responsável pela senhora. Então eu vim me despedir de você. - Ela não fala nada então eu continuo falando. - Nós dois não conseguimos nos dar bem, não é? Por que será? É tão triste. Desculpe por irrita-la por todo este tempo.

Olho para ela esperando alguma coisa, mas ela não fala nada. Será que ela me odeia tanto assim?

- Pelo menos olhe para mim pela última vez. - Seguro seu ombro a virando em minha direção. Venho seu rosto molhado. - Está chorando?

- Por que eu choraria? - Ela me olha.

Seu rosto está vermelho e o olhar quebrado. Coloco minha mãe em sua testa e sinto ela muito quente.

- A senhora está com febre? - Pergunto preocupada.

- Isso não é nada, estou bem. - Ela vira o rosto.

Inacreditável.

- Por que a senhora não chama a enfermeira numa hora desta? - Agora estou mesmo chateada. - A senhora sempre chama quando está bem e não chama quando realmente precisa. Você é boba?

Tantas vezes ela me fez subir e descer sem necessidade e quando ela realmente precisa não me chama.

- Eu não quero que você cuide de mim. - Ela diz.

- Mas estou cuidando. - Digo. - Espere um pouco, vou chamar o médico.

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- Ela está com início de pneumonia. - O Doutor diz depois de analisar ela. - De a ela cinco litros de oxigênio.

- Sim. - Respondeu a enfermeira.

Pneumonia? Tadinha.

Será que de manhã ela estava mesmo passando mal?
Se eu tivesse verificado direito como a enfermeira chefe disse ela não estaria assim.

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A enfermeira ligou para a o filho da vovó Eleonor mas ele disse que se não viria, e desligou dizendo que era apenas febre.

Meu coração pesou, ela é só uma idosa, como o filho pode fazer uma coisa dessas?

- Chefe, tudo bem se eu ficar do lado da Eleonor está noite?

Então eu decidi pedir para ficar com o turno de noite, para que ela não fique sozinha.

- Não precisa, já avisei a enfermeira do turno da noite. - Ela diz. - Além disso, os estagiários não podem pegar o turno da noite.

- Mas eu... - Tento argumentar mas a Sr. Yonta aparece.

- Como foi com a família da Eleonor? - Ela pergunta a enfermeira.

- Ele não virão.

- Bem... Que problema... Nessa horas, se ao menos um conhecido pudesse vir, poderíamos pedir para ficar como acompanhante dela... - Ela me olha.