Alice

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15 minutos se passaram desde quando eu cheguei e nada do meu paciente, Paula me disse que era um tenente também, chamado Arthur Guerras .

Quando fui me levantar para ir ver se minha secretária tinha alguma notícia, ouvi duas batidas na porta e logo depois um homem com uma beleza fora do comum entra e vem caminhando em minha frente.

Com olhos azuis tão claros que apreciem duas piscinas de águas límpidas e fundas, o rosto era anguloso com o cabelo loiro escuro virado um pouco para o lado. Ele era alto, tinha o corpo cheio de músculos e muito bem trabalhados. Os braços eram visivelmente bem musculosos o peitoral era firme as coxas grossas. A boca era bem feita com os lábios levemente avermelhados e sensuais.

Pingariei e balancear cabeça para esses pensamento inapropriados no momento.

--Tenente. _Ele diz depois de me analisar igual eu tinha acabado de fazer com ele.

--Tenente. _Bati contineisia e viajei por mais alguns segundos eu seu corpo, entes de voltar ao normal.

--Bom dia, o senhor está atrasado!_Digo e estendo a mão para que ele se sentasse na cadeira a minha frente.

--Desculpe tenente Macedo, tive que passar na sala do coronel para pegar minha fixa. _Pude ver pelo seu tom de voz que ele não estava feliz em fazer a análise.

Conforme lia seu histórico mais meu olhos se arregalavam. Quando terminei de ler o encarei um pouco em choque.

--Tenente Guerras... Arthur Guerras.

--Sim._ Disse e me lançou um sorrisinho e logo depois surgiram duas covinhas em seu rosto o deixando ainda mais lindo.

Tentei voltar a me concentrar para fazer o meu trabalho.

--Tenente, consta em sua ficha três advertências e as três por desobedecer ordens durante as manobras de treino tático. _Digo agora o encarando bem séria.

--Sim tenente, mas veja só não foi desobediência. _Ele diz aparecendo um pouco irritado.

--Foi o que então? Problemas em seguir ordens? _Pergunto com uma sobrancelha erguida.

--Não tenente! Nunca tive esse tipo de problema. _Diz seco e pude sentir um tom de irritação também.

--Então, sente falta de concentração quando está voando? _Lhe pergunto.

-- De forma alguma tenente. Eu vou lhe provar como o meu problema não tem nada a ver com concentração. Vou usar você como exemplo._ Ele diz ficando serio.

--Eu aposto que você acabou de passar e no concurso da FAB e ainda está em estágio probatório. E que vem de uma família que tem uma boa condição e provavelmente reservada e católica, é o que me diz sua roupas de marca e a correntinha de ouro de nossa senhora de Aparecida.
   Você está um pouco receosa quanto ao seu novo trabalho e deseja muito ser reconhecida por ele. É estudiosa filhinha de papai que sempre teve tudo que quer, é também determinada e audaciosa, embora esteja se sentindo insegura diante das novidades em sua vida. Acertei?? _Me perguntou com um sorriso debochado nos lábios e com uma sobrancelha arqueada.

Respirro fundo para nao fazer oque estou pensando. Afinal quem ele acha que é?

--Tenente que fique bem claro que o paciente aqui é você.

--Sei que deve estar odiando ter que fazer essas sessões de análise, não é mesmo? Você deve se achar o maioral do seu esquadrão, pensa que só porque pilota um caça é o rei dos céus. _Disparo irritada apertando meu olhos em sua direção.

   Queria voar em seu pescoço e lhe encher de tapas. Tentei ser o mais educada  possível, pois estamos em local de trabalho.

--Tenente, eu confesso que detestei saber que teria que fazer essa maldita análise. E está sendo ainda pior do que eu imaginava. Sabe por quê?_ O olho com uma sobrancelha erguida.

Prazeres. Livro 1 da Trilogia Julgamento.Onde histórias criam vida. Descubra agora