-POV Maxwell Cross –
O glamour falso de festas de caridade eram uma das coisas que mais me irritavam de tudo que eu tinha que fazer. Eram quase duas da manhã quando finalmente pude sair daquela maldita festa em que as pessoas mais falsas que existem são reunidas para doar uma montanha de dinheiro para causas que muitas vezes não significam nada a nenhum deles.
Nada do que era dito naqueles discursos era verdade.
Nenhuma palavra.
Vou a eventos desse tipo desde muito novo. Meus pais diziam ser necessário que eu tivesse prática para quando tivesse que fazer tudo aquilo sozinho, e em parte eles tiveram razão. Aprendi sim a lidar com as pessoas, a fazer conversa paralela e a reconhecer uma oportunidade de negócios quando possível.
Mas com certeza absoluta, nenhuma das vezes que faço isso, torna a coisa toda menos entediante.
Dentro da segurança do banco de trás do meu carro, eu retirei a gravata e o colete jogando-os para o lado. Desabotoo os dois primeiros botões da camisa social branca que eu vestia e senti que podia respirar de novo.
Não precisava ser mais quem eu não era, aguentar pessoas por pura educação ou porque eles podem ser possíveis parceiros de negócios ou se interessarem pelo que minha empresa tinha a oferecer.
Meu celular vibra dentro do meu bolso e eu pego o aparelho no meu bolso sentindo a coisa vibrar mais duas vezes com mensagens não lidas: uma da minha mãe perguntando como foi o evento e uma da Poppy que dizia "vi as fotos do evento, não quis companhia hoje?"
Poppy era... como posso explicar... ela era a pessoa menos irritante que existia na minha vida no momento. A conheci em um dos castings de algumas das modelos para uma campanha da Cross Industries e sai com ela algumas vezes durante esses dois anos que nos conhecemos.
Sempre disse a ela a mesma coisa: eu não namoro! Ninguém!
E ela sempre respondeu a mesma coisa: se você me usa eu também posso te usar.
Acontece que ela era apaixonada pelo mesmo cara faz anos e não podia ficar com ele por que o cara era casado e a esposa dele tinha provas da traição e poderia tirar tudo que ele tinha. O medo de ser pobre do sujeito era maior do que o amor por Poppy que ele dizia ter.
Então era essa a nossa relação. Um usando o outro com seus próprios motivos, seus próprios traumas, mas nunca tentávamos curar um ao outro, ela sabia o que eu achava disso e eu sabia que ela não queria ser curada.
Digitei uma resposta curta a ela: "nada demais, não queria te entediar".
Cheguei em casa poucos minutos depois. Meu motorista apenas abriu a porta para mim e eu sai, mas antes que pudesse pegar o elevador para minha cobertura ele me parouTaylor: mesmo horário amanhã de manhã, senhor? – ele pergunta. A voz séria como sempre, discreto, nunca perguntava mais do que deveria saber e nunca expressava suas opiniões. Era o que eu o pagava para fazer.
Max: na verdade meia hora mais cedo – digolembrando dos planos que fiz hoje antes de sair do escritório.
Ele assente. Eu saio andando e pego oelevador que se abre bem dentro da minha sala de estar. Deixo a jaqueta dosmoking ali junto com o colete e me sirvo com uma dose pequena de whiskeylevando o copo comigo para o quarto.
Apesar do horário conseguia ouvir asbuzinas e a agitação do centro.
E dizem que New York é a cidade quenunca dorme.
Depois de um banho e descer a dose dabebida que queimou pela minha garganta, eu me deito, mas para minha surpresa,não demoro muito para cair no sono.
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Bright Side (pt-br)
RomanceThe Blackwell Family duology Livro II Eles não poderiam ser mais diferentes um do outro, não poderiam ter menos em comum. Mas o destino os junta com um propósito... ensina-los o que o amor pode ser capaz de fazer e conquistar... e talvez eles descu...